sábado, 29 de fevereiro de 2020

Ensinar

Cresci vendo minha mãe transformar saberes, corrigindo provas e trabalhos, trabalhando mais de 44h semanais, sendo abraçada carinhosamente por aqueles que ela ensinou nas ruas. Morávamos em uma cidade pequena onde um professor era reconhecido como uma das "pessoas ilustres" do local. 
Talvez movida pelo desejo de reconhecimento, talvez pela facilidade que eu possuo em passar o pouco que sei, decidi minha trajetória profissional já no primeiro ano de faculdade: iria exercer a profissão de enfermeira por uns bons anos a fim de adquirir o devido conhecimento e experiência, depois faria mestrado e seria professora universitária. 
E foi o que acabou acontecendo, mais por conta das reviravoltas da vida do que por planejamento. E desde o primeiro emprego, no InCor-HCFMUSP, eu sempre era a responsável por treinar os estagiários e novos funcionários. E serei eternamente grata por tudo o que aprendi nos anos que lá fiquei. 
É difícil descrever a gama de sentimentos quando, por uma dificuldade de conciliar o trabalho com o mestrado, iniciei minha trajetória de 12 anos na UNIP. O sentimento que seguiu em mim até o final foi o orgulho em ser parte de uma grande instituição de ensino! Lá também aprendi muito e também serei eternamente grata por tudo!
Foi lá também que aprendi sobre a geração atual. A geração que se encontra nas universidades hoje em dia é uma geração quer que todos os seus direitos e desejos sejam respeitados mas que não quer nem tomar conhecimento dos direitos, desejos e necessidades do outro. É uma trupe de gente ensimesmada, incapaz de suportar o menor nível de frustração sem começar um ataque de birra! Não são todos assim, recomeço! Mas são muitos... Tenho pena em pensar o quanto vão sofrer e o quanto de dor e raiva vão espalhar até estarem cercados desses sentimentos por eles emanados. Nesse momento eles culparão o mundo que os cerca de ser cruel pois seus frágeis Egos não suportarão a culpa por tamanha bagunça...  
Querem o diploma mas não querem o conteúdo, afinal pensar da muito trabalho e leva muito tempo. E eles querem tudo agora! Acreditam que basta um diploma para conseguirem os melhores empregos e que, em menos de um ano estarão chefiando uma equipe pois todos reconhecerão sua genialidade! 
Porém os melhores empregos serão daqueles que reconhecem o outro, suas necessidades e desejos, afinal enfermagem é a profissão que tem como meta atender as necessidades de seus clientes. Bem como os melhores salários serão daqueles que foram buscar o conteúdo, o conhecimento e que tiveram muito trabalho para conseguir segurar orgulhosamente seu diploma. Esses serão aqueles que ao encontrá-los terei imenso orgulho em dizer a todos que tive uma pequenina participação na formação e os agradecerei por terem permitido que eu transmitisse o pouco que sei e por terem me ensinado tanto!
A esses ex- alunos eu faço um brinde! Vocês aprenderam a maior lição de todas: enfermagem é a arte e a ciência que versa sobre gente que cuida de gente!
Aos outros eu agradeço imensamente e infinitamente todo o conhecimento e experiência que adquiri durante nossa convivência e desejo que sejam capazes o suficiente para lidar com as consequências de suas escolhas.
E eu? Bom desisti de ser funcionária das empresas de educação pois estas decidiram, aparentemente em conjunto, pagar menos a um professor mestre do que eu recebia no início da minha jornada, como professora especialista. 
É... Ninguém sai ileso de um diálogo: toda troca de informação é transformadora!

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Lya Luft

crônica extraída do livro "Pensar é transgredir", de Lya Luft
"CANÇÃO DAS MULHERES"

“Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.


Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dói a idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco – em lugar de voltar logo à sua vida, não porque lá está a sua verdade mas talvez seu medo ou sua culpa.

Que se começo a chorar sem motivo depois de um dia daqueles, o outro não desconfie logo que é culpa dele, ou que não o amo mais.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo: “Olha que estou tendo muita paciência com você!”
Que se me entusiasmo por alguma coisa o outro não a diminua, nem me chame de ingênua, nem queira fechar essa porta necessária que se abre para mim, por mais tola que lhe pareça.
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.

Que quando levanto de madrugada e ando pela casa, o outro não venha logo atrás de mim reclamando: “Mas que chateação essa sua mania, volta pra cama!”
Que se eu peço um segundo drinque no restaurante o outro não comente logo: “Pôxa, mais um?”
Que se eu eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro – filho, amigo, amante, marido – não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.

Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.”

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Demorou pra ser

Faz tempo que eu não te escrevo, né!?
Mas isso não significa que deixei de te ouvir.
Acho que estou te devendo uma resposta, né!?
Li teus versos e não sabia o que dizer...
Depois de muito tempo ouvi de novo aquela música do Vanguart. Sorri quando lembrei que você se zangava comigo quando eu dizia "nunca foi" rsrs Mas foi! Foi nosso pequeno infinito...
Às vezes tenho a sensação de que ninguém vai ser tão especial como você foi... Você me entendia, era calmaria quando eu era furacão, sua alma doce e tão sofrida roubou meu coração. Senti falta do seu colo nesses últimos tempos... Tempos difíceis.... Perdi meu chão...
O que a gente tem ninguém vai roubar, passa os limites dos lençóis, "invade a alma, rouba minha calma". Lembra!? O problema é que eu nunca tive certeza se eu era sua, se você me amou, se quando eu desnudasse a minha alma você ainda iria me desejar, se você iria me amar. 
Às vezes acho que você só quer alguém que aumente sua auto estima quando a convivência com ela fica insuportável... Você sempre me rejeita quando eu chego "perto demais"....
O que você quer de mim?
Você já fez a sua escolha então deixe que eu siga meu caminho e encontre uma música que seja só pra mim.

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Sol e Lua

Eu Sol, vivo de dia. Ele Lua, vive de noite. Trabalhamos muito, cuidamos de todos a nossa volta menos de nós mesmos. Dormimos pouco. Temos pouco tempo pra nós dois...
E parece que é a nossa sina: nada pode ser fácil, parece que temos que provar que realmente desejamos a companhia um do outro pois desde que nos conhecemos sempre teve um empecilho, um amor mal resolvido, um medo de não ser amor que faz a gente fugir, outros amores, desentendimentos, desencontros.
Mas esse tempo de desencontros se acabou. Porém, nosso ritmo de vida não nos permite, como todos os amantes, estarmos juntos com frequência.
Eu Sol, Ele Lua. Nos encontramos ao amanhecer e ao anoitecer.
São raros e absolutamente especiais os momentos em que estamos juntos, a nossa cumplicidade transborda em cada gesto, em cada palavra, em cada olhar.
Falo pouco quando estou com ele porque todas as palavras parecem não terem o exato sentido do que somos: Sol e Lua!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Notas sobre a Agnes

Olho no espelho e me vejo, descabelada, sem maquiagem. Essa sou eu! Sou a pessoa com defeitos que procura o que há de melhor nos outros e o que há de errado comigo e nunca o contrário. 
Acho que não sou a Agnes porque ela confia nela mesma, ela não vê problemas em ser quem ela é e eu sempre acho que quando um relacionamento não vai bem a culpa é minha, eu que fiz algo errado. Por não gostar de mim fico achando que todo mundo vê o que eu vejo de mim.

Eu tento ser a Agnes mas me falta a ingenuidade dela.

Fico esperando os beijinhos do Gru mas ele anda ausente e eu fico achando que a ausência dele é um problema comigo, que não sou suficientemente boa. Mas quem disse que eu preciso ser perfeita?
Eu preciso ser Agnes, ser eu mesma e, embora sinta falta do meu Gru, eu ainda sou bacana, mesmo descabelada e sem maquiagem.
Eu preciso ser Agnes e entender que, se o Gru me ama, ele me ama pelo o que sou, com qualidades e defeitos assim como eu o amo do jeitiho que ele é.
Preciso ser eu mesma, adulta, capaz de entender que eu não sou a única pessoa e nem a coisa mais importante do mundo, nem do mundo do Gru e que isso não faz com que eu não seja importante.
Preciso crescer...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Notas sobre o Gru


Eu conheci o Gru numa festa. Não, não o Gru de verdade (ou o do desenho) mas o meu Gru. Vou explicar!
Gru, o do desenho, tem cara de durão, tenta ser um cara malvado e tudo mais mas tem um coração de ouro, adotou três meninas órfãs porque era a coisa certa a fazer e poque ele se apegou a elas. E o "meu" Gru é assim, faz de conta que é malvado, faz pose de vilão mas no fundo só está se defendendo de tanto que já apanhou da vida por ter um coração tão bom, tão justo. 
Meu Gru também adotou, de certa forma, uma criança. Ela chegou num momento de estresse e dor, mas meu Gru cuidou dessa criança como se fosse sua e deu tudo o que tinha de melhor no seu coração a ela. Mas a vida às vezes toma rumos diferentes do que aqueles que a gente havia imaginado e hoje meu Gru sofre com a ausência dessa criança.
Quando conheci o Gru, a primeira vez que o ví, não conversamos, eu apenas o observei e pensei que deveria ser bom estar com alguém como ele. Assim como a Agnes eu gosto dele. Ahhh eu gosto muito, muitão mesmo! Eu não tenho medo da cara de mal porque consigo enxergar seu coração e todo amor que há dentro dele. 
Da segunda vez que nos encontramos ele me contou sobre toda a dor que havia passado nos últimos tempos e eu tentei ajudá-lo. Nos tornamos amigos e desde então nos falamos todos os dias.
Eu me sinto a Agnes, não só porque sou capaz de enxergar o amor que ele tem mas acreditar que um dia ele me dará esse amor.Assim como a Agnes eu insisto, peço carinho e atenção por não acreditar nessa pose de vilão e sempre ganho, seja uma música linda ou um sorriso ou, o que eu mais gosto, um abração e um monte de beijos.
Assim como a Agnes eu acredito que ele precisa se acostumar a ter alguém que o ame pelo o que ele é, precisa se acostumar a ter alguém por perto que não quer nada além da companhia, carinho e cuidados e principalmente se acostumar a ter alguém que queira cuidar dele. Porque o Gru, o Gru cuida de todo mundo!
E eu espero que um dia eu possa ser parte da família dele, cuidar dele e ser cuidada por ele. Ser amada e admirada por ele. Mas diferente da Agnes eu tenho medo de ele não me querer, não me admirar, não me amar, porque eu já o admiro e acho até que já o amo, assim, do jeitinho dele.

domingo, 20 de agosto de 2017

Porque a gente se apaixona

É por isso que ela se apaixonou

Ela não se apaixonou por você por ter dado um grande buquê de flores no dia dos namorados.

Ela se apaixonou porque quando acorda pela manhã você diz: "Bom dia" para ela antes de olhar seu telefone.

Ela se apaixonou porque quando você foi à geladeira pegar um refrigerante trouxe outro, sem ela precisar pedir.

Ela se apaixonou porque quando você teve um dia maravilhoso no trabalho e ela chegou em casa depois de um dia terrível você não disse: "Sim, sim! Mas deixa eu falar sobre o meu dia." Você sentou e ouviu sobre o dia horrível dela. E não disse nada sobre o seu dia maravilhoso.

É por isso que ela se apaixonou por você. Porque você a faz se sentir importante, amada, cuidada.

Não foi uma coisa em particular e grande que você fez, foi o acúmulo de todas aquelas pequenas coisas... Foi no dia a dia que ela descobriu quão grande é o amor dela por você!

O mesmo vale para outros relacionamentos.

Não se trata dos eventos. Não se trata de intensidade.

É sobre consistência, perseverança, persistência, conquista!

Amor nos pequenos detalhes, na gentileza, no olhar, na sensibilidade.

Amor pra valer. Amor pra vida inteira.

https://youtu.be/nnp7TGCYK54

terça-feira, 1 de agosto de 2017

Mudanças e renascimento

Não sei dizer ao certo quantas vezes me mudei de casa, umas 10 vezes eu acho. E a cada mudança novos planos de um futuro melhor. Mas o melhor plano foi o que fiz quando me mudei para Santa Catarina. Na época estava tocando nas rádios uma música que dizia "vento ventania me leve para os quatro cantos do mundo, me leve pra qualquer lugar" e então eu decidi que ao invés de planejar tudo com antecedência e ficar tentando controlar as mudanças eu iria caminhar conforme o vento: tentei vestibular aquele ano e não passei, não era pra ser, nem me desencorajei. Fui estudar outras possibilidades. Enquanto estudava o que ia fazer decidi o lugar: UFSC- Universidade Federal de Santa Catarina. Fiz cursinho em Joinville, acordava super cedo (5 da manhã) pois eu morava em São Francisco do Sul, carinhosamente chamada de São Chico. Era a melhor aluna de redação estilo narração mas precisava melhorar muito a dissertação... Escolhi o que queria fazer: enfermagem! Sempre gostei de cuidar! Ótimo! Agora vamos estudar muito para passar! 
Um dia, perambulando pelas ruas de Joinville, passei na frente de um quartel que fazia aniversário de construção/inauguração. Parei, olhei, achei legal e segui caminho pra passar o tempo enquanto esperava o busão pra São Chico.
No dia da prova de geografia cai uma pergunta sobre qual o quartel estava comemorando aniversário naquele ano. E eu sabia! Mas só sabia porque deixei o vento me levar, fui passear pelas ruas, conhecer, ser curiosa. Na redação o estilo escolhido, para surpresa de todos foi narração, uma ajudinha do Universo, creio eu.
Em 2006 mudei para uma casa maior acreditando que a casa poderia trazer um brilho novo pro relacionamento e fiz de tudo pra achar esse brilho, pedi pro meu marido da época "trazer o brilho" mas o brilho que eu procurava era em mim (descobri isso anos depois) e o relacionamento acabou em 2010.
Outra vez estava numa crise brava de relacionamento (estava sem nenhum querendo desesperadamente ter um kkkk) e resolvi largar mão, desistir, esquecer desse negócio chamado namoro. Até porque eu já tinha feito de tudo o que eu achava necessário pra fazer a criatura perceber que me amava. Ledo engano. Falaremos disso mais pra frente. Enfim, em outubro de 2014 conheci alguém que mudou a minha vida e meu modo de ver o mundo, alguém que me tratava como eu sempre quis. Não durou muito e o fim do relacionamento acabou comigo. 
Comecei então a procurar alguém que me curasse, achei alguém que se propôs a me curar. Quase dois anos depois percebi que esse alguém não era alguém capaz de me curar, pois só eu seria capaz de fechar minhas feridas.
Desses muitos anos vividos comecei agora a aprender as lições que a vida me deu. Acredito que nem todas servirão pra você mas se te ajudar em algo esse texto já terá tido um propósito de ser. São elas:
1. Tentar controlar o incontrolável, também conhecida como vida, é inútil pois a nossa vida depende de muitas outras pessoas e fatores sobre os quais não temos controle. O máximo que podemos fazer é nossa parte para atingirmos nossos objeitovs.
2. Não adianta colocar a sua felicidade como responsabilidade de outra pessoa ou de outras coisas (casa, carro, etc). Se você se aceitar assim como é, tentando melhorar a cada dia um pouco terá momentos felizes. Meu grande amigo Rudnei, que hoje mora lá no céu, me ensinou que não somos felizes, temos momentos de felicidade.
3. Aproveitar os momentos de felicidade é muito melhor do que tentar controlá-los para que não acabem, até porque é uma tentativa inútil. Se a gente for sempre feliz não vai valorizar a felicidade porque ela será rotineira, simples assim.
4. Se alguém te quiser virá até você e demonstrará seu interesse caso sinta que pode ser recíproco. Ou seja: se você se esforçar pra alguém te amar não vai dar certo, se você ficar na sua, muito na sua e não mostrar ao mundo o que quer também não vai dar certo. Um pouco de cada lado e teremos uma equação equilibrada.
5. Reciprocidade: dar e recber. Bobagem essa história de dar e não querer nada em troca porque todo mundo dá esperando receber. Quando a gente se doa demais o outro passa a não valorizar nosso esforço porque virou rotina. Dê o melhor de si e o mundo vai te retribuir, não cobre, apenas aguarde.
6. Se a pessoa que você ama não retribui cai fora que é fria! Quem ama não quer perder o ser amado e fará de tudo para se assegurar que não vai perdê-lo.
7. Eu sou a responsável pela minha felicidade e a única pessoa capaz de curar minhas próprias feridas e ninguém mais.
Tendo aprendido isso meu plano desde que me mudei para a minha nova casa foi de ser absurdamente feliz, aproveitar cada pequeno momento de felicidade e me fortalecer para quando as coisas ficarem difíceis; deixar claro a quem eu amo que amo sem tentar fazer com que a pessoa me ame, se me amar boa, se não me amar é vida que segue e fila que anda; parar de tentar controlar o incontrolável e confiar no Universo que nunca me deixou na mão e acima de tudo e mais importante ESCOLHER o que quero pra mim ao invés de esperar ser escolhida.
Era mais ou menos isso...
Beijos de lux

sexta-feira, 26 de maio de 2017

Colo vazio e confusão

Quando eu mais precisava você me expulsou e me disse para nunca mais pisar na sua casa.
Eu tinha problemas e você não queria problemas. O mais irônico é que os problemas que você não queria me ajudar a resolver tiveram começo com as suas atitudes aliada aos meus monstros inconscientes que me faziam ter a necessidade de me moldar a você para não te perder.
O que eu não tinha percebido, até a nossa última conversa séria, foi que eu, como sou, nunca fui amada por você porque  você amava a pessoa que eu me transformei só para te agradar.
Descobri que você me libertou da prisão em que eu mesma me coloquei quando você me disse "temos que seguir nossas vidas". Nesse momento me dei conta de que eu não havia mais a minha vida. Me dei conta de que a vida que eu vivia não era a minha vida.
Eu havia me perdido  de mim mesma...

Real sentido

Algumas palavras são mal interpretadas por falta de conhecimento ou até mesmo pelo uso popular da palavra que não condiz com seu real significado. Por exemplo: muita gente usa a palavra vagabunda para designar mulheres vulgares ou prostitutas mas etmologicamente o significado é outro.
Vejamos o que diz um dicionário:

vagabundo

adjetivo substantivo masculino

infrm.

1.

que ou quem leva vida errante, perambula, vagueia, vagabundeia.

2.

que ou quem leva a vida no ócio; indolente, vadio.

3.

B pej. que ou o que age sem seriedade ou com desonestidade; malandro, canalha, biltre.

4.

adjetivo

B

fig. que não tem constância, é volúvel.

"espírito v."

5.

adjetivo

B

pej. de má qualidade, inferior, ordinário.

"tecido barato, v."

6.

substantivo masculino

DIR.CIV

indivíduo que não tem residência habitual, ou que emprega a vida em viagens, sem ter um ponto central de negócios.

Origem

⊙ ETIM lat. vagabūndus,a,um 'errante'

Então vagabunda é uma mulher "errante" ou "de pouco valor".
Conhecimento nunca é demais, né!?
Bjos