terça-feira, 14 de abril de 2015

Pausa para um café

De repente o riso virou lágrima, do amor só sobrou uma dor, um desamparo e um desespero. Desisti de amar! "Isso não é pra mim" eu repetia aos meus amigos. Ninguém acreditava que justo eu, a maior entusiasta do "é impossível ser feliz sozinha" estava entregando os pontos, jogando a toalha, desistindo do amor.
Pausa pro café: amar dói e eu não estava interessada nisso!
Por fim as pessoas ao meu redor entenderam isso e resolveram me respeitar, mesmo sem aceitar.
"Amor?"
"Não, obrigada! Prefiro café!"
Entrei em uma pausa que eu pretendia ser de, pelo menos um ano, mas que durou um mês. kkkkk
Meu tempo não é igual ao tempo de quase todo o resto do mundo, sou intensa, ou é muito ou não é nada! Não gosto de morno, não gosto de meio, não quero pouco e o último amor foi intenso mas era meio, era pouco. Corri pra longe assim que se tornou morno, assim que fui posta em banho maria!
"Se realiza que não sou pudim!!!!"
Doeu... No começo me senti nada, vazio, pedaço despedaçado... Mas foi passando, afinal tudo é passageiro, tudo passa, o bom passa e mau também.
Numa distração disse que gostei do que vi e num gelo me dei conta de que era recíproco: você também gostou de mim!!!
"Vamos com calma!" Eu precisava de calma mas seu tempo é tão doido quanto o meu e nos deixamos levar pela paixão, como sempre avassaladora, mas agora com leves e delicados toques de sorrisos, abraços e cumplicidade. Tudo fluiu, tudo foi fácil, desde a primeira conversa, como se fosse coisa que já estava marcada pra acontecer. Destino? Parece que sim...
Nosso primeiro abraço foi abraço de matar saudade, sentimos isso e acabamos por desconfiar que essa nossa história vem de longe, de não sei de onde, de muito tempo atrás.
E assim seguimos andando, felizes, deixando que a vida nos guie já que ela se demonstrou tão competente, já que ela nos trouxe até aqui.
"Amor?"
"Mesmo que um dia venha doer sei que vai valer a pena! Então.... Sim, por favor, um pouco mais do seu amor!"

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