quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Ano Novo vida nova???

Pois é! É a crença popular... Mas como poderemos ter algo diferente se não nos movermos em direção a esse algo? Acho urgente e necessário pararmos de esperar que as coisas caim do céu, presentes de Deus!!! Mas vamos deixar isso prá lá... Já comecei a falar de Deus e eis aí outro tópico de grande discussão!!!
O fato é o seguinte: 2007 foi continuação de 2006, ou seja, nada de muito novo! Encarei falsidade, maldade, inveja. Mas também fiz novas e grandes amizades. Ganhei um pouco de dinheiro, gastei mais do que eu ganhei... Comecei o Mestrado. "Virei" professora.
Tudo muito parecido...
Mas falando em lecionar: que fique claro que eu não me acho a "Grande Mestra"!!! É que eu estava lendo a minha última postagem e fiquei com essa sensação de arrogancia... Não é nada disso!!! Eu apenas me dei conta de que é muito difícil ser professor e que mesmo assim as pessoas acham que isso é tarefa fácil. Estou muito longe de ser uma boa professora!!! O que me deixa mais tranquila é que estou começando e que posso me esforçar para ser uma "facilitadora da construção do saber"! Isso para mim é ser bom professor. Algo que não deve ser medido pela quantidade de alunos que ficaram em DP... Aliás, sou da opinião de que as maiorias nos levam à direção dos verdadeiros fatos. Todos os alunos em DP de uma matéria? Quem não fez o trabaho direito: os alunos não estudaram ou o professore não conseguiu passar o conteúdo????
É para se pensar...
Mas, como diz o Chico (Buarque):
"Mesmo com toda fama, com toda brahma
com toda cama, com toda lama
A GENTE VAI LEVANDO..."

FELIZ 2008 GALERA!!!!!

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Ser Professora

Ser professora não é tarefa fácil, pois requer tempo e habilidade de relacionamento interpessoal.
É preciso compreender as necessidades dos alunos, conhecer suas expectativas, dificuldades e suas habilidades individuais. Lecionar é saber passar os conhecimentos adquiridos em anos de vida prática e de estudos. Avaliar é muito mais do que apenas dar uma nota, é avaliar o crescimento e amadurecimento dos conhecimentos adquiridos durante o período letivo.
Dificil né!?
Mas eu adoro!
Adoro até as discussões em sala de aula, pois me ajudam a melhorar como professora. Me sinto ainda em fase de tranformação: estou me transformando de enfermeira em professora. E todos os meus alunos me ajudam muito!!!

10 Things I Hate About You

"I hate the way you talk to me, and the way you cut your hair.
I hate the way you drive my car. I hate it when you stare.
I hate your big dumb combat boots, and the way you read my mind.
I hate you so much it makes me sick; it even makes me rhyme.
I hate it, I hate the way you’re always right.
I hate it when you lie.
I hate it when you make me laugh, even worse when you make me cry.
I hate it that you’re not around, and the fact that you didn’t call.
But mostly I hate the way I don’t hate you. Not even close, not even a little bit, not even at all."

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Eu, eu mesma e meu blog

Uma semana depois de terminar a histórinha percebo que não houve nenhum comentário... Parece um sinal para eu não escrever mais, ou que o final da história ficou ruim!
Outra possibilidade é que meus dois amigos que leram a história estão muito ocupados para fazerem seus tão preciosos comentários...
Acho também que este blog é apenas meu... Quase ninguém lê!
Então vai virar um diário....
O que eu tenho pra contar hoje é que a minha popularidade como professora é proporcional às notas que eu dou.
Explicando melhor:
A minha turma que foi muito mal na prova não gosta de mim, sempre tenho conflitos em sala, com dois alunos em especial. A sorte (deles) é que não sou vingativa, não abaixo nota de quem reclama. Prefiro ouvir a reclamação e refletir sobre ela, sobre o como eu posso melhorar enquanto professora.
E cá pra nós, profissãozinha difícil essa, hein!?
Não se pode agradar a "gregos e baianos", uma mesma sala possui pessoas que entendem a matéria de pronto e outras que vão entender na 6ª explicação! E haja jogo de cintura!!! É aluno reclamando de você pra coordenação, de outro professor pra você, da faculdade, do time de futebol, do presidente... Gente chorando, gente rindo.
Por isso peço que não digam mais a frase que tanto ouço nos últimos tempos:
"Ah você não está trabalhando mais! Agora só dá aula!"
SÓ DÁ AULA!!!!
E o trabalho que dá: prepara aula, estuda, relembra, explica, explica, explica, desenha, faz mímica, prepara exercício, corrige exercíco, prepara prova, corrige prova, ouve reclamação de quem tirou nota baixa (geralmente do aluno que não assiste a aula inteira ou que nem sabe aonde fica a biblioteca do Campus)... E por aí vai!
Amo minha nova profissão, mas que cansa, ah isso cansa!

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Fim: Um novo dia

Cinco horas da manhã, o sol nascendo na Barra da Lagoa, Dorinha chorando na areia da praia... Binho não resistiu... Havia morrido a menos de uma hora, a mãe dele ligou pra avisar Dorinha.

Imagens de anos muito loucos de faculdade passavam como um filme na cabeça de Dorinha. Sempre ao lado de Binho, foram quatro anos de amor intenso e brigas homéricas mas sempre juntos... Saudades...
O enterro foi bonito, se é que há beleza em enterros... Muitos amigos, o cemitério estava cheio. O pessoal do grupo levou violão e fez uma pequena serenata com algumas músicas do Led, que o Binho adorava. Tudo muito muito triste.
Hora de voltar pra casa. Após cinco dias longe do tumulto de São Paulo Dorinha hesitou:
"Acho que não quero voltar pro inferno... Aqui é tão bom Déia!" comentou com uma amiga dos tempos de faculdade.
Mas não teve como escapar, sua chefe ligava todo dia pra saber notícias, quando Dorinha pensava em voltar!
Chegando em casa notou que a secretária eletrônica estava lotada de mensagens.
Era Renato, preocupado com Dorinha, ficou sabendo dos últimos acontecimentos e ligou várias vezes querendo saber notícias.
"Mas eu posso com isso! O cara é casado e fica ligando pra mim!" pensou mais um pouco e até que gostou de tanta preocupação "Vou ligar pra ele!"
"Alô! Por favor o Renato."
"Oi Dorinha! É o Renato! Como você está? Fiquei sabendo do seu amigo lá de Floripa... Ele melhorou?"
"Ele morreu..." um silêncio cortante paira no ar por alguns longos segundos. O choro começa, Dorinha não se controla
"Dorinha! Espera que já já estou aí!!!"
"Hum hum"
Renato chega em menos de 15 mintos. Eles conversam, Dorinha conta toda a história, desde os tempos de faculdade. Às vezes pára a narrativa pra chorar mais um pouco nos braços do amigo.
"Ainda dói muito!"
"Imagino..."
"Mas, olha eu aqui te ocupando com coisas minhas como se você não tivesse casa e esposa!" Diz Dorinha enxugando as lágrimas e fazendo cara de 'já estou melhor'.
"Esposa???" Indagou Renato sem entender muito bem
"É ué!? Aquela moça bonita que você me apresentou outro dia lá no Japonês!"
"Ah! A Vivian! Não, não é minha mulher não!!! ERA minha namorada. Mas nós vivemos em galáxias distantes... Eu gosto de agito e ela gosta de tranquilidade total, eu gosto de mar e ela gosta de campo! Terminanos essa semana..."

FIM de uma história e inicio de muitas outras!

sábado, 22 de setembro de 2007

Cap 3: O amor que eu tenho pra te dar

"hoje a noite não tem luar

e eu não sei como te encontrar

pra dizer como é o amor

que eu tenho pra te dar"

Quem diria! Uma canção antiga do Jessé que Dona Nininha cantarolava para Dorinha adormecer agora não sai da cabeça da nossa heroína!!! Lá fora a chuva ainda continua... Da janela do taxi Dorinha observa como a cidade fica mais triste quando chove, quase parecendo chorar. Chega no aeroporto e sai correndo para a operadora que possuia o primeiro vôo pra Floripa. (Ela já tinha ligado do taxi, enquanto ia para o aeroporto. Santo celular!!!!)
Tudo certo, embarca e logo voa para encontrar seu grande e desperdiçado amor!*
Do aeroporto direto para o Hospital CF. E já na porta da UTI seu primeiro obstáculo: uma enfermeira.
"Me desculpe mas se não é da família não pode entrar!"diz a enfermeira em tom de ordem militar.
"Mas eu vim de São Paulo!!!" retruca Dorinha tentando abrandar o coração da fera.
"Não pode! Não sou eu quem crio as regras!" diz a 'gerenal' enfermeira
"Mas pode muito bem reordená-las, abrir espaços e 'poréns', toda regra sem sentido deve ser quebrada!!!" protesta nossa heroína
"Ooo guria de coração duro.... deixe a menina entrar!" diz uma senhora de jaleco branco
"Mas... Dona Cida!"diz a enfermeira
"Não discuta guria! Parece que você nunca amou! Anda! Deixe a guria entrar!" Ordenou Dona Cida, Enfermeira Chefe da UTI.
Sem outra possibilidade a 'general enferemeira' deixa Dorinha entrar, e lhe orienta sobre os cuidados que deve tomar.
Mãos lavadas e de avental, Dorinha chega perto de Fábio:
"Oi Binho! Mas o que você foi me aprontar agora!!!"
Segurnado as mãos de Fábio, Dorinha começa a chorar baixinho.
"Meus Deus! Como ele está! Dessa vez foi muito sério!" pensa enquanto beija a mão do "seu Binho"
O rosto todo arranhado, uma faixa cobre seus cabelos, curativos de diversos tamanhos pelo corpo e uma infinidade de tubos inseridos em buracos naturais ou artificiais.
"Parece doer. (silêncio) Eu quero te contar tanta coisa mas nem sei por onde começo. Estou trabalhando em uma construtora, faço porjetos de casa, lojas, de quase tudo! O salário é bom mas trabalho quase todos os dias. (silêncio). Sinto falta das nossas tardes de domingo, lá na Barra da Lagoa, o som do mar, a cor do sol se pondo... Suas brincadeiras... Nossas risadas..."
Fabinho aperta a mão de Dorinha contra a sua. Dorinha vê uma lágrima correndo pela face de Binho.
"Não vim até aqui pra me despedir de você!!! Vim aqui te tirar do hospital!!! Anda Fábio! Reaja, lute, não desanime!!!" Ordena nossa heroína, quase sem forças, mas em tom de 'quase-ameaça'.



*Esqueçamos o caos aéreo, a Marta e o Renan!!! Isso aqui é só um romance e essas coisas acabam com o romance....

sábado, 1 de setembro de 2007

Cap 2: O telefonema

-Doralice? Sou eu, a Julia.
-Oi Júlia! Quanto tempo!!! Deculpa, mas é que estavam me ligando e não diziam nada, aí você ligou...
- Não se preocupe não!
-O que você conta de bom menina!? Como estão as coisas aí? Quais as boas novas?
-Novas nem tão boas Dora... Aliás nada boas...
Um silêncio cortante... Corre um frio na espinha de Dorinha, o que será? Julia foi colega de faculdade de Dorinha, lá em Floripa. Não se falavam há 2 anos, desde a formatura. Dorinha com medo de perguntar e Julia receosa em como dar a notícia... Dorinha não aguenta e interrompe o silêncio:
-Pelo amor de Deus Julia! O que houve?
-Foi o Fábio...
Fábio, ex-namorado de Dorinha, terminaram quando ela veio pra São Paulo... Seu sobrenome deveria ser encrenca, pois sempre se metia em confusão!
-O que ele fez agora?
-Na verdade fizeram. (novo silêncio, mais curto dessa vez). Ele sofreu um acidente de moto... Um motorista bêbado bateu contra a moto dele lá no trevo do campeche...
-Meu Deus! Mas e ele? Ele tá bem????
-Então... Ele está na UTI... Achei que você gostaria de saber...
-Obrigada Julia! Estou indo praí! Tchau! Até logo!
-Me liga quando chegar!
-Ligo sim!
-Tchau!
-Tchau!
Dorinha desliga o telefone e vai para o quarto, pega umas trocas de roupa enquanto liga para sua chefe e conta o que está acontecendo, diz que não sabe quando volta. Sua chefe diz que tudo bem, adiantaria as férias, que já estavam vencidas.
Dorinha pega a bolsa e a mala e sai.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Era uma vez....

A concepção de Neisa (euzinha) por Josmar Fevereiro:
"Certa noite, em plena década de setenta, o Brasil ainda mergulhado nas trevas da ditadura militar, um jovem casal entediava-se a olhar para o teto de seu quarto no Morro do Querosene.Ele português, pescador, bigodes fartos, jeitão de Belchior. Ela interiorana, letras na USP, professora, bochechudinha.Gauches na vida, como a maioria das pessoas interessantes da época.A Lenda rezou para mim que, naquele preciso momento, como se fosse uma idéia luminosa, um pirilampo sobrevoou os dois e quebrou aquele estado de letargia... então eles se amaram como nunca.O pirilampo era na verdade uma fada sapeca que vivia metendo a varinha na vida dos casais lá do Morro.Daí, nove meses depois, nasceu uma menininha linda, com brilho próprio!"

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

"O tempo da gente" Cap1: Alanis



São 6 horas da manhã de domingo. Cai uma garoa fina e o céu, laranja acinzentado, anuncia a chegada de um novo dia. As poucas pessoas que estão na rua ou estão indo pro trabalho ou estão voltando da balada. No calçadão da Braz Leme Dorinha corre, sua ginástica diária para manter a boa forma. No aparelho de MP3, que ela chama carinhosamente de "IPobre" por conta da pouca qualidade do aprelho, toca uma seleção feita por ela ontem à noite para a corrida de ontem. Enquanto corre Dorinha observa a paisagem da sua avenida preferida, os prédios, as lojas, as cores, as árvores. Ahhh... As árvores! Desde pequena Dorinha gosta de avenidas com árvores. Ela gostava de adimira-las do banco de trás do carro de seu pai. Deitada no banco se sentia em uma floresta distante e criava as mais incríveis histórias ali! Correndo ela esquecia aquela angustia exasperada que sentia. Ela queria tudo, tudo o que todo o mundo pudesse lhe oferecer imediatamente, não gostava de esperar... Mas o mundo não era assim. Tudo tinha seu tempo e sua vez! Isso angustiava Dorinha: ter que esperar...
De repente Dorinha para. As mãos nos joelhos, em uma posição encurvada, a respiração ofegante... Tinha começado a tocar "Ironic" da Alanis Morissette. Ela não se lembrava de ter colocado essa música na sua "trilha sonora de corrida"... Lembrou de Renato...
"It's meeting the man of my dreams/And then meeting his beautiful wife/ And isn't it ironic... don't you think"
-"Se é!" - comentou sozinha.
Ela conheceu Renato nos tempos de escola, nunca nem conversaram. Só sabiam que existiam, às vezes um "Oi!" e só. Mas a danada da tecnologia deu um jeito disso mudar e em um site de relacionamento ela reencontra os amigos da época e Renato. Marcaram um encontro da turma e ela e Renato passaram a noite conversando desde de política até música, passando por literatura, filmes, e umas piadas. Trocaram email e desde a festa viviam se "falando" por email.
Mas ontem, numa balada tranquila com a Cris e a Jú, lá no Japonês, ela viu Renato. Foi até a mesa dele cuprimentá-lo e conheceu sua esposa. Uma morena estonteante, de uns 28 anos, corpo perfeito e olhos verdes... Lembrou na hora da música da Alanis, essa que ela está ouvindo agora, com um aperto no coração. Resolve voltar, andando, se sente sem forças para correr. Uma angustia no peito. Porque raios ela foi colocar justo essa música na seleção? Não consegue se lembrar de ter clicado na música ontem à noite.
- "Acho que foi sem querer"- ela pensa.
Chega no seu apartamento de dois quartos no Jardim São Paulo, joga a mochila no sofá, que fica quase em frente a porta e vai para o chuveiro. Toma um banho demorado e resolve tirar um cochilo. Ela sempre tem sono quando tem um problema que não pode resolver. Toma um gole de água e vai deitar.
O telefone toca, ela o ignora e ele insiste.
-"Que falta de ter o que fazer!"- ela reclama com o pobre do aparelho que não faz mais do que a sua função, tocar quando alguém a chama.
- "Alô..."
Silêncio do outro lado da linha.
- "Alô! Oi!? Quem é?"
O silêncio persiste e logo a ligação é interrompida. Ela desliga o aparelho, mas nem dá tempo dela tirar sua mão do fone e ele toca novamente.
-"O que você quer hein?!" - ela pergunta já irritada com a "criatura muda" do outro lado da linha. Mas desta vez obteve uma resposta diferente da anterior.
(pode ser que continue...)

sábado, 28 de julho de 2007

O reencontro com a galera

"Silêncio por favor
Enquanto esqueço um pouco
a dor no peito
Não diga nada
sobre meus defeitos
não me lembro mais
quem me deixou assim
Hoje eu quero apenas
Uma pausa de mil compassos
Para ver as meninas
nada mais nos braços
Só este amor
assim descontraído
Quem sabe de tudo não fale
Quem não sabe nada se cale
Se for preciso eu repito
Porque hoje eu vou fazer
Ao meu jeito eu vou fazer
um samba sobre o infinito"
(Paulinho da Viola)

Acabo de voltar do encontro com a galera do meu colegial e encontro meu marido e meu primo-quase-irmão me esperando para cantar essa música!
E o encontro?! Ah... foi muito legal!!!
É incrível como as pessoas mudam!!!É incrível como a gente muda em quinze anos! Pessoas que admirávamos antes nos parecem estranhos hoje. E as pessoas que mal conversávamos nos parecem tão próximas... Demos muitas risadas!!!
"Quem é esse cara?"
"Não sei... Mas dá risada!"
E aos poucos íamos recuperando a memória... A falta de compromisso da época, os professores, o Grêmio Estudantil, as baladinhas, o Bar do Seu Roque... Quantas coisas felizes!!!
Foi muito gostoso!!!
Mais gostoso ainda foi encontrar o meu amorzinho me esperando para curtir um pouco da noite comigo!!!!

sexta-feira, 27 de julho de 2007

O "Chopp Paulista"

A gente (eu, a San e a Bia) costumavamos chamar de "bar do César". Era a nossa "balada"!!! Domingo à tarde tinha campeonato de truco e a gente ia lá pra ficar olhando! O baralho tinha que ser trocado a cada partida, porque os jogadores marcavam as cartas, fato muito comum em campeonatos de truco!!!
Uma noite o pessoal resolveu ir comer "Japanese food" e queriam me levar. Mas como eu era uma menina muuuuito certinha, tinha que ter autorização da minha mãe. Tal obstáculo não foi problema e lá fomos nós. Eu, devidamente autorizada, fui com um amigo que era a minha paixão!!! Demos tantas risadas! Ele colocava saquê até derrubar do "potinho" que era pra nós termos uma família com muita saúde e fartura! O mais engraçado é que eu nunca o beijei!
Meus pais decidiram mudar para Santa Catarina e eu fiz, por razões óbvias, meu bota-fora lá! Todo mundo foi! Foi bem legal! E o Cézar, fofinho, não cobrou a minha conta nesse dia!!!
Saudades do Chopp Paulista!!! Hoje tem uma banca de revistas onde passei os melhores momentos da minha adolescência... E o Chopp Paulista? Mudou de lugar e depois fechou...
Que saudades da Galera e do Cézar!!!

segunda-feira, 23 de julho de 2007

A tais três e mil e não sei quantas palavras...

Andei ausente, confesso! É que o pobre do Carlinhos (aquele que me jurou amor eterno) está de férias e eu "gastei" umas 4 mil palavras por dia com ele!!! (Entenderam o pobre?)

História verídica:
O pai de uma amiga, português legítimo, levou a minha amiga e o marido na rodoviária para que o casal embarcasse na viajem de lua de mel. O portuga, despedindo-se do novo genro diz:
-Goze bastante!
É... Marido sofre mas goza! rsssss

As férias foram ótimas: Ilha Cumprida (com meus pais e o filho), Serra Negra (com meus sogros e Cia Ltda), Mendonza (só com o maridão) e Guarujá (acompanhada do Maridão e do Filhão). Tudo muito gostoso! Engordei uns kilos... Estudei pouco e me diverti muito!

Abro o blog hoje e vejo que alguém comentou algo! Surpresa feliz!!! Um grande amigo passou por aqui e deixou um recadinho super carinhoso! O cara é genial, desenha lindamente. Sou fã de carterinha dele: Jo Fevereiro!!! Beijos mil Jô!!!!


Outra boa nova: vou trabalhar no que eu quero, com tempo pro mestrado e pro João Pedro!
Feliz, Feliz!
Beijos!!! Boa semana!!!

PS: acho que as próximas histórias serão mais engraçadas....

terça-feira, 17 de julho de 2007

Meu grande Albino'!!!

Matéria da Revista Istoé

Inaugurado em 1961, num raro momento de generosidade com a educação, a Escola Estadual de Segundo Grau Albino César, no Tucuruvi, bairro de classe média na zona norte de São Paulo, ocupa quase um quarteirão e tem quadras, piscina e – supremo luxo – um teatro de 300 lugares. Sucessivas crises atingiram duramente o Albino César nesses quase 40 anos. Mas o orgulho que os primeiros alunos sentiam de frequentar a escola ampla e bem equipada sobreviveu. O vínculo com a escola foi um poderoso instrumento para preservar a qualidade do ensino. O Albino César, com 2.600 alunos, é uma das melhores escolas da cidade.Dos seus 100 professores, 25 são ex-alunos e estão lá há cerca de 20 anos, ganhando no máximo R$ 1.300 por mês. Formada em Letras na USP, Neusa Pallione sentiu saudades de sua velha escola. Voltou e se tornou a coordenadora pedagógica. O professor de Educação Física Walter Gosdzinski vai completar 28 anos na escola. "O esporte ajuda a orientar as emoções do adolescente", ensina. Osmar Amaral, físico formado na USP, é outro que fez questão de voltar há 22 anos. "Na nossa época, o ensino e o professor eram muito valorizados, mas ainda sentimos prazer em batalhar pela qualidade", afirma. Alguns vieram de outras escolas e se deixaram seduzir pelo entusiasmo. O diretor Munir Tarraf, que está lá há duas décadas, é um exemplo. O outro é a professora de Inglês Edméia Wenzel, há dez anos à frente de um centro de línguas, onde qualquer estudante de segundo grau da rede pública pode estudar espanhol, francês, italiano ou alemão.
Com o fim dos exames de admissão (substituídos por sorteios), cresceram os desafios. "Recebemos alunos de todo o tipo. Os problemas de disciplina e depredação aumentaram", relata Neuza. "Temos que ensiná-los a respeitar a escola", diz Tarraf. Muitas medidas são tomadas para motivar os alunos, mas o que os conquista mesmo são os campeonatos esportivos e o festival de teatro. "Fazemos adaptações de obras dos mestres da literatura", conta Jarbas dos Santos, professor de Português.O Albino teve de atrair também os pais, que participam da APM. Administram a lanchonete da escola, cuja receita (de R$ 10 mil mensais) mantém 13 funcionários. Só com a verba do governo – cerca de R$ 19 mil no ano passado – seria difícil manter a escola, que tem até um piano alemão no palco.RITA MORAES - 18/02/1998

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Umas E Outras

Chico Buarque


Se uma nunca tem sorriso
É pra melhor se reservar
E diz que espera o paraíso
E a hora de desabafar
A vida é feita de um rosário
Que custa tanto a se acabar
Por isso às vezes ela pára
E senta um pouco pra chorar
Que dia! Nossa, pra que tanta conta
Já perdi a conta de tanto rezar
Se a outra não tem paraíso
Não dá muita importância, não
Pois já forjou o seu sorriso
E fez do mesmo profissão
A vida é sempre aquela dança
Aonde não se escolhe o par
Por isso às vezes ela cansa
E senta um pouco pra chorar
Que dia! Puxa, que vida danada
Tem tanta calçada pra se caminhar
Mas toda santa madrugada
Quando uma já sonhou com Deus
E a outra, triste namorada
Coitada, já deitou com os seus
O acaso faz com que essas duas
Que a sorte sempre separou
Se cruzem pela mesma rua
Olhando-se com a mesma dor
Que dia! Cruzes, que vida comprida
Pra que tanta vida pra gente desanimar




Palavras Ao Vento

Cássia Eller


Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina, paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras
Ando por aí querendo te encontrar
Em cada esquina paro em cada olhar
Deixo a tristeza e trago a esperança em seu lugar
Que o nosso amor pra sempre viva, minha dádiva
Quero poder jurar que essa paixão jamais será
Palavras, apenas
Palavras pequenas
Palavras, momento
Palavras palavras
Palavras palavras
Palavras ao vento

terça-feira, 3 de julho de 2007

Ilha Cuuuuumprida

É! Aqui é um lugar meio parado!
Estou aproveitando para ler e dormir. Já o JP está se acabando! Muito espaço, areia, praia, os avós!!!
Ontem ele me disse que não quer voltar para casa "nunca mais"!!!
Ele me sai com cada uma!!!
Bom vou indo!
Beijos Tchau!

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Sonhei com você...

Hoje sonhei com você.
Era um dia de inverno ensolarado, como no dia em que nos vimos pela última vez. Nós não sabíamos que seria a última vez, mas foi.
Sonhei que estávamos conversando sobre a vida, como sempre. E eu te contava coisas sobre o João Pedro que você não conheceu. Contei as gracinhas que ele faz e como ele está ficando um menino bom e inteligente.Você sorria.
Te contei também dos novos velhos amigos do colegial, dos planos de fazermos uma reunião e de como o tempo muda a forma como vemos as pessoas e o mundo. Estranho como o tempo pode mudar as relações que temos. Ás vezes um amigo que costuma ser próximo fica distante e uma pessoa que você apenas sabia quem era se torna um companheiro!
Sonhei acordada! Queria poder dividir a minha vida com você e ouvir seus conselhos de novo. Lembro de uma noite na Faculdade, estávamos sentados em um banquinho de concreto, uma reunião na sala ao lado (onde deveríamos estar). Você estava me contando da namorada nova e de repente solta:
"A nossa relação é muito especial"
"Sim! A gente fala a mesma lingua!!!" (brinquei como sempre brinco quando sei que o assunto vai ficar muito sério)
"Ela tem ciúmes de ti..." ele fala e eu me calo.
"Não vamos deixar essa coisa que existe entre a gente se acabar! Nunca!"
Concordei com um aceno de cabeça. Continuamos nossa conversa. O pessoal do grupo dizia que a gente namorava! Eu achava graça! Te amava demais mas não namoravamos. Tinhamos os mesmos gostos mas com algumas diferenças: eu gostava de picolé de limão e você de uva. Eu tinah meu vício (maldito cigarro) e você tentava deixar o seu (mais maldita ainda- a cocaína). Eu tentava me livrar de uma relação doentia e você tentava arrumar uma. Eu queria amor, você queria minha companhia. Led Zepelin era o nosso único acordo, nós dois curtíamos.
Outra vez que gosto de me lembrar foi uma noite em que estávamos na sua casa. Tinhamos passado o dia inteiro juntos. Você, sentado na cama com o dorso encostado na cabeceira e as pernas dobradas de apoio para as provas que estava corrigindo. E eu lia um livro, com o dorso apoiado em suas pernas.
"Tu não queres me ajudar a corrigir?"
"Eu?!Você sabe que não sou boa em matemática!"
"A Ma me ajuda! Ela é fera! Sabe tudo!"
"Tem seus gens, deve servir pra alguma coisa!" dou uma gargalhada
"Já imaginasse um filho nosso?"(o maldito português dos "manézinhos da Ilha" às vezes lhe escapava, em Floripa quase todo mundo fala assim...)
"Você sempre disse que já tinha filhos demais. Porque isso agora?"
Pergunto sem entender ou sem querer entender. Porque você estava me dizendo isso só agora? Será que a proximidade do meu casamento te fez pensar em nós dois juntos? Passamos uns minutos em silêncio e você responde:
"Ah! Ele seria bonito como a mãe e inteligente como o pai!"
"Quer dizer que sou burra?" pergunto em tom de brincadeira mas meio brava
"Tais tola guria?! É que o guri tem de ter alguma coisa do pai!!"
Dou risada:
"Mas meu casamento está marcado! Você nunca quis nada comigo e agora que eu vou me casar você já quer logo um filho!!?"
"É que eu não entendia bem o que eu sentia..." ficamos calados por mais um bom tempo.
Eu sabia que você tinha medo de me magoar a cada recaida sua. E eu nunca tive coragem de me enfiar em uma relação com alguém tão instável como você!
Queria poder ler um livro encostada em você de novo... Queria poder ouvir você me dizendo o quanto você me amava... Queria poder ter tido pelo menos a chance de te dizer tchau, de te dar um último abraço, um último beijo... Na verdade não queria que nada entre nós fosse o último.

Minhas férias


A cabeça está cansada... O artigo que eu tive que fazer em uma semana, por motivos óbvios, não ficou bom... Lacunas! Bem que o meu revisor avisou!!! rsss
Resultado: passarei grande parte das minhas férias estudando, escrevendo, trabalhando!

Mas tudo bem!
Um beijo e Tchau!

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Não gosto de finais tristes...




Eu sei que eles existem, mas não gosto!
Prefiro os finais felizes, pelo menos não nas histórias inventadas...

A vida já tem histórias tristes demais!

Não que a minha vida seja triste, mas tenho uma porção de histórias tristes pra contar. Enfermeira de UTI, já ví muitos sonhos se acabarem. Eternamente sonhos, impossibilitados de virarem realidade porque a vida se acabou...

No meu primeiro emprego conheci uma enfermeira maravilhosa, antiga na casa, um doce de pessoa. Ela me dizia que os pacientes terminais esperam a pessoa da equipe que eles mais gostam para morrer. Não levei essa conversa muito a sério até que ela aconteceu comigo.

Na época do meu casamento com o "santo" do Carlinhos (é santo, porque só santo pra me aguentar!) tinha um paciente de uns 20 e poucos anos que estava aguardando um transplante de coração. Eram comuns esses pacientes na UTI em que eu trabalhava, eles "descompensavam", passavam mal, e internavam na UTI para melhorarem e continuarem aguardando o tão esperado coração. Mas esse paciente era diferente pra mim...

Ele estava noivo e eu também. Tinhamos muitos assuntos em comum e mesmo quando ele não estava comigo (sob minha responsabilidade) eu passava no quarto dele, no fianl do plantão, para conversarmos um pouco. Davamos boas risadas e eu ia embora.

Um dia contei que ia mandar polir a minha aliança, já que a data do casamento se aproximava. Então ele me pediu, com todo jeito, para que eu levasse a aliança dele para polir também. Quando ficou pronta fui ao hospital espcialmente para levá-la, já que eu já estava de férias "pré-casamento", o Carlinhos foi comigo. Não consigo me esquecer da alegria nos olhos dele quando me viu chegar com a aliança!!!

Fiquei sem vê-lo por uns 20 dias (lua de mel, essas coisas). Quando retorno ao trabalho o encontro muito pior, mãos e pés inchados devido ao coração fraquinho e ao mal funcionamento dos rins. Tubo na boca (que vai até bem perto dos pulmões) pra respirar, com ajuda de um aparelho (respirador), hemodiálises para fazer o trabalho dos rins que já não estavam bem, cateteres e sondas. Muitos tubos... Meu amigo... Não entrei no quarto. Não tinha forças. Minhas colegas me entenderam e fiquei uns dias sem cuidar dele. (os pacientes mais graves ficavam sob os cuidados diretos de uma enfermeira e não de um auxiliar ou técnico de enfermagem- um dia explico a diferença desses 3 profissionais da enfermagem).

No dia 22 de dezembro, chego cedo para trabalhar e vejo que eu serei a enfermeira dele. Relutei para entrar no quarto por quase uma hora. Entrei com uma força que só Deus sabe de onde tirei.

"Bom dia Ale! Hoje sou eu que vou cuidadr de você!"

Segurei sua mão direita, estava gelada, efeito da má circulação.

"Eu já volto! Vou pegar alguma coisa para esquentar a sua mão, ela tá muito fria!!!"

Em poucos instantes eu já estava de volta munida de 2 ataduras de crepe e duas de algodão (a primeira é a famosa faixa e a segunda é aquilo que fica entre o gesso e a pele da gente quando quebramos algum osso). Segurando a sua mão direita com a minha mão esquerda comecei a desenrolar a atadura de algodão na mão fria dele. De repente escuto o alarme do monitor cardíaco (aquele que tem ondas e que aparece nas novelas), olho e vejo que o coração está batendo cada vez mais fraco, devagar.

"Não faz isso comigo não Ale..."

E o coração cada vez mais devagar... Abaixei a cabeça, as lágrimas escorriam sobre a minha face, ele estava me esperando...

Pra começar



"Pra começar quem vai colar..." hahaha!!! Lembra dessa???

Porque resolvi escrever nesse blog?
Tenho trabalhado muito nos últimos meses, mais intensamente nessa semana, escrevendo um artigo e meu projeto de mestrado. Acontece que hoje à tarde eu mandei os dois para a minha orientadora e fiquei com saudades de escrever...
Confesso que uma pessoa anda me influenciando muito também!!! Um amigo que escreve contos na internet. Adoro lê-los!!! O mais engraçado é que esse amigo era, quando nos conhecemos, apenas um conhecido. O mundo é estranho, mas "é bão Sebastião"!!!
Pra que escrever?
A princíopio pra "gastar" as minhas 3.000 palavras diárias. Mas...
Sei não....
Na verdade não sei nem se vou continuar com isso... Mas comecei!
Pra quem?
Pra quem quiser ler! ué!?

Beijo Tchau!