sexta-feira, 26 de agosto de 2016

The long and widing road

Sabe aquela longa e sinuosa estrada? Então... Estou passando por ela alguns dias. Sensação estranha passar por lá... Traz lembranças boas e ruins...
The wild and windy night
That the rain washed away
Has left a pool of tears
Crying for the day
Why leave me standing here
Let me know the way
Foi como na música da Verônica Sabino: um sopro, uma ventania que te trouxe e te levou e me marcou demais....
Bem que eu podia
Tentar te encontrar
Mas um vento forte
Que me afastou, te levou
Te escondeu
Longe demais

Fico na espera do inesperado, querendo ser o que nunca fui, pensando em mudar meus planos se você disser que ainda quer. Mas não sou boa em matemátíca... Não sei regra de três, não sei dividir...
Também não sei onde errei... Às vezes acho que errei ao ter deixado começar, outras acho que erro ao não deixar terminar. Mas até o GPS me sacaneia e te envia o meu caminho... E nem tenho você nos meus amigos de redes sociais...
Te sigo só pra saber se está bem.
Quero teu bem...
Sinto falta das nossas conversas, da sua calma e jeito de lidar comigo.
Abstinente, só por hoje, não vou te ver, só por hoje...


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Futuros Amantes- Chico Buarque

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

sábado, 20 de agosto de 2016

Gonzaguinha

O que dizer quando uma música fala de você?
Acho que essa é a graça e beleza da música: a capacidade de falar por você quando você não pode ou não acha palavras...
É fantástico ouvir alguém desvendando tudo o que você sente e que não entende muito bem. Alguém que nem te conhece já sentiu isso tudo o que você está sentindo e esse sentimento de solidariedade e irmandade une você a um desconhecido.
"Grito de Alerta" é uma música que conta uma parte da minha vida e que hoje tá meio difícil de "descer", nem com gim ta indo....
"Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não"

domingo, 14 de agosto de 2016

Impedimentos

Achei que ia morrer quando fui preterida... Cheguei a sentir o imenso vazio que a sua saída causou dentro de mim, me diminuindo e me partindo em vários pedaços. Por cerca de um mês eu sobrevivi aos dias, apenas acordando e cumprindo as tarefas. A minha dor era visível, quase palpável de tão intensa.

Passado um mês decidi que sobreviver não era bom e fui procurar alguém, um colo, um sorriso novo. Talvez devesse ter dado um tempo maior mas não achava que iria encontrar alguém tão rápido e tão cedo. Achei que seriam meses de farra e diversão... Me enganei. Talvez por ter me encontrado com você no meio do trânsito e ver o quanto eu ainda te amava e o quanto tudo aquilo ainda doía imensamente eu acabei antecipando um encontro para aquele mesmo dia. Era para ser apenas um encontro mas foi mais parecido com um reencontro. A conversa fluiu, os olhares durante todo o jantar, as mãos dadas ao levantar da mesa e o beijo no meio da avenida foram o começo de um novo tempo, mais leve e mais calmo.

Ainda sinto sua falta e ouso dizer que o que eu sentia por você ainda não mudou. Tenho medo de te encontrar e ao mesmo tempo tenho uma saudade que me maltrata a alma. Sigo teus passo por onde posso, tento te dizer como estou. Às vezes invado seu espaço, te ponho em risco e corro riscos. E por isso acho melhor voltar ao começo e fazer como te sugeri da primeira vez: te amar assim de longe, platonicamente, como quem admira um anjo num altar.
"Mas um dia quem sabe eu volte
Porque parte de mim morre nesse adeus
Porque não sei se consigo viver sem os carinhos teus."
Mas por hora estamos em impedimento, nossas histórias fazem parte de outras histórias e por mais que a gente nunca tenha deixado de se falar como havíamos prometido antes, mandando um sinal de vida da forma que encontramos, você preferiu seguir sua história inicial e eu fiquei na vida que sobrou da minha vida.
Não consigo te apagar, nem sei se quero. 
Não sei nem como terminar essa carta...
Só sei que nada mudou e nesse nada você me preteriu...
Medo do que será é melhor do que a certeza de que nada mudará.
Mas eu não sei...