domingo, 22 de janeiro de 2017

Uma rosa e um cartão em branco- Parte II

Set list desse romance

Clara se interessou por Ana assim que a viu, mas Ana não entendeu muito bem o que estava acontecendo, porque isso nunca tinha lhe acontecido, nunca tão explícito, tão inevitável e nem tão sem desculpas... Uma vez foi culpa do álcool que a fez desejar outra mulher, outra vez foi a carência afetiva. Ana acreditava que era uma espécie de amizade que surge mais forte. O fato é que Ana se arrumava mais, caprichava mais quando ia se encontrar com Clara. Clara estava fazendo um "freela" na empresa de Ana e ia umas 3 a 4 vezes por semana. 
No último dia de contrato de Clara elas se esbarraram na frente do estacionamento, Ana estava saindo, distraída como sempre, e quase bateu no carro de Clara, que gentilmente lhe deu passagem. Logo depois Ana recebe uma mensagem de Clara "Adorei sua sensualizada na saída do estacionamento! rsrsrs"
Ana corou na hora! Não tinha percebido que era Clara que dirigia o carro que ela quase tinha batido! Pediu mil desculpas e as duas começaram uma longa e animada conversa. Clara convidou Ana para um chopp, Ana recusou e disse que gostaria de ser apenas amiga de Clara, explicando sua teoria de "amizades diferentes que surgem mais fortes". Clara tentou explicar que não era bem isso que estava rolando mas Ana manteve-se forte em seus argumentos.
No dia seguinte, indo para o trabalho, enquanto as duas conversavam via mensagens de texto, o inconsciente deixou escapar um pouquinho do que era esse sentimento que Ana tentava esconder e que já estava sufocando-a. Nesse momento Ana começou a chorar copiosamente e contou isso a Clara, contou que estava chorando mas que não sabia muito bem o porque, apenas que sentia muito medo e sentia-se fraca e sem forças. Na saída do trabalho Clara a esperava e lhe deu colo, sem dizer nada, porque não havia o que dizer para o que não havia nem nome ainda. Ana, quase chegando em casa, cantou uma canção para Clara (Sapato Velho), e clara, que sabia tocar violão, tocou e cantou para Ana e, no momento em que Ana ouviu a música (Digitais) sentiu uma felicidade tão grande invadindo todo seu corpo e alma. Foi nesse exato momento, enquanto Ana ouvia a canção que ela, talvez por ser tão distraída, entregou seu coração a Clara. 
No sábado seguinte Ana ganhou uma rosa vermelha e um cartão em branco. Ela deveria ter percebido que o cartão em branco era o prenúncio de uma história que terminaria interrompida bruscamente, assim como o cartão em branco, ser dar respostas ou motivos...
(continua, só não sei quando rsrsrs)

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Respeito e Amor são as mais nobres orações

Se uma pessoa compra um "cimento ungido" ou um "kit de maquiagem da rainha Esther" ela está adorando um objeto, certo!? Porque ela acredita que esse objeto (cimento, lâmpada, maquiagem) vai ajudá-la a chegar aos seus objetivos da mesma forma que um católico usa as imagens para ajudar a fazer sua oração ou quando, independente da religião se acende uma vela.  Certo!? Porque eu acredito que ninguém é tonto o suficiente para rezar/orar para uma estátua. Todos, TODOS que fazem preces as direciona a um Ser Superior, receba o nome que for, Deus é um só e Ele não possui religião.
Religião é coisa inventada pelos homens para que, por meio de rituais como orações e canticos, possamos tentar nos aproximar um pouquinho só de Deus.
Não se esqueçam dessa nobre lição:
"Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei"
Respeite seu próximo independente de raça, cor, credo, time de futebol ou partido político  (entre outras diferenças).
Também não se esqueçam de que são  AS DIFERENÇAS que nos enriquecem, pois trazem novos conhecimentos.
Beijos de luz e amor!

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Uma rosa vermelha e um cartão em branco

"essa é uma bela história de uma flor e um beija-flor"
Henrique e Juliano

Essa história começou antes da rosa e do cartão em branco, no meio da primavera e todas as suas cores. Foi uma linda, intensa e curta história de amor que mudou a vida de duas pessoas.
Uma delas, Ana, viu seu mundo virar de cabeça para baixo e de repente tudo que era importante passou a ser insignificante, tudo o que ela não ligava, ou tinha fugido até o primeiro beijo virou prioridade. Ana se deixou levar e encontrou forças no olhar de Clara para ser ela mesma, sem medo, sem culpa.
A interação entre as duas era impressionante. Um abraço era capaz de melhorar o mau humor, palavras eram desnecessárias na maior parte do tempo. Estar juntas era o que importava. Os olhos das duas brilhavam mais, o amor das duas era quase palpável, de tão imenso. Mas a vida nem sempre é como a gente quer e elas se separaram. Clara deixou Ana sem muita explicação. Saiu da vida de Ana numa triste noite de domingo e a deixou lá, sozinha e de coração despedaçado. Um buraco se abriu na alma de Ana e acho que ele ainda não cicatrizou... Clara foi viver outra vida, foi continuar a vida que já tinha começado antes de encontrar Ana. Ana se sentiu morta por uns dias e depois de um mês, não suportando mais tanta dor no seu peito, resolveu seguir com a vida. Isso tudo foi há muito tempo atrás...
Ontem olhando as fotos antigas Ana voltou a sentir tudo de novo, a alegria, o orgulho que sentiam uma da outra. Sentiu também a solidão que invadia o quarto ou o coração de Ana. Sem reparar bem no que tinha acontecido Ana sentia saudades, até porque o sentimento não havia mudado, mesmo depois de ter sido preterida, bloqueada, ignorada. Ana acreditava que Clara ainda a amava. Ela achava que Clara enviava músicas para ela (na verdade Clara postava músicas em sua página e Ana achava que era pra ela...Vai entender...)
É que, pra falar a verdade, eram algumas coincidências, como uma música postada no dia que seria o aniversário de namoro ou então uma outra vez em que Ana postou que sentia saudades de um antigo amor, tanta saudade que até sentia o perfume e Clara postou uma música dizendo "diz que tem me
lembrado bastante"*... Coincidências que enganam um coração que ama, que acredita que só se ama de verdade uma vez na vida, um coração que vive no outono das paixão, esperando que o calor dos beijos de verão voltem algum dia.
Ana tem mais motivos para seguir a vida mas algo dentro do seu coração lhe pede um tempo, um longo tempo, mas ela acredita que deve esperar. Coisas de um coração que acredita no amor. Ana até tentou seguir... Ela decidiu que tentaria viver, que esqueceria Clara mas não conseguiu. Seus olhos só brilham quando encontram os olhos de Clara...
E assim Ana segue até hoje, feita de sonhos, amor e saudades...

(uma história cheia de estórias)
"Ai que saudades de um beija-flor, 
que me beijou depois voou"
                                                                  Henrique e Juliano
*Paula Mattos- Que sorte a nossa