quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Notas sobre a Agnes

Olho no espelho e me vejo, descabelada, sem maquiagem. Essa sou eu! Sou a pessoa com defeitos que procura o que há de melhor nos outros e o que há de errado comigo e nunca o contrário. 
Acho que não sou a Agnes porque ela confia nela mesma, ela não vê problemas em ser quem ela é e eu sempre acho que quando um relacionamento não vai bem a culpa é minha, eu que fiz algo errado. Por não gostar de mim fico achando que todo mundo vê o que eu vejo de mim.

Eu tento ser a Agnes mas me falta a ingenuidade dela.

Fico esperando os beijinhos do Gru mas ele anda ausente e eu fico achando que a ausência dele é um problema comigo, que não sou suficientemente boa. Mas quem disse que eu preciso ser perfeita?
Eu preciso ser Agnes, ser eu mesma e, embora sinta falta do meu Gru, eu ainda sou bacana, mesmo descabelada e sem maquiagem.
Eu preciso ser Agnes e entender que, se o Gru me ama, ele me ama pelo o que sou, com qualidades e defeitos assim como eu o amo do jeitiho que ele é.
Preciso ser eu mesma, adulta, capaz de entender que eu não sou a única pessoa e nem a coisa mais importante do mundo, nem do mundo do Gru e que isso não faz com que eu não seja importante.
Preciso crescer...

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Notas sobre o Gru


Eu conheci o Gru numa festa. Não, não o Gru de verdade (ou o do desenho) mas o meu Gru. Vou explicar!
Gru, o do desenho, tem cara de durão, tenta ser um cara malvado e tudo mais mas tem um coração de ouro, adotou três meninas órfãs porque era a coisa certa a fazer e poque ele se apegou a elas. E o "meu" Gru é assim, faz de conta que é malvado, faz pose de vilão mas no fundo só está se defendendo de tanto que já apanhou da vida por ter um coração tão bom, tão justo. 
Meu Gru também adotou, de certa forma, uma criança. Ela chegou num momento de estresse e dor, mas meu Gru cuidou dessa criança como se fosse sua e deu tudo o que tinha de melhor no seu coração a ela. Mas a vida às vezes toma rumos diferentes do que aqueles que a gente havia imaginado e hoje meu Gru sofre com a ausência dessa criança.
Quando conheci o Gru, a primeira vez que o ví, não conversamos, eu apenas o observei e pensei que deveria ser bom estar com alguém como ele. Assim como a Agnes eu gosto dele. Ahhh eu gosto muito, muitão mesmo! Eu não tenho medo da cara de mal porque consigo enxergar seu coração e todo amor que há dentro dele. 
Da segunda vez que nos encontramos ele me contou sobre toda a dor que havia passado nos últimos tempos e eu tentei ajudá-lo. Nos tornamos amigos e desde então nos falamos todos os dias.
Eu me sinto a Agnes, não só porque sou capaz de enxergar o amor que ele tem mas acreditar que um dia ele me dará esse amor.Assim como a Agnes eu insisto, peço carinho e atenção por não acreditar nessa pose de vilão e sempre ganho, seja uma música linda ou um sorriso ou, o que eu mais gosto, um abração e um monte de beijos.
Assim como a Agnes eu acredito que ele precisa se acostumar a ter alguém que o ame pelo o que ele é, precisa se acostumar a ter alguém por perto que não quer nada além da companhia, carinho e cuidados e principalmente se acostumar a ter alguém que queira cuidar dele. Porque o Gru, o Gru cuida de todo mundo!
E eu espero que um dia eu possa ser parte da família dele, cuidar dele e ser cuidada por ele. Ser amada e admirada por ele. Mas diferente da Agnes eu tenho medo de ele não me querer, não me admirar, não me amar, porque eu já o admiro e acho até que já o amo, assim, do jeitinho dele.