segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Canção da Despedida- Geraldo Azevedo

Já vou embora
Mas sei que vou voltar
Amor não chora
Se eu volto é pra ficar
Amor não chora
Que a hora é de deixar
O amor de agora
Pra sempre ele ficar
Eu quis ficar aqui
Mas não podia
O meu caminho a ti
Não conduzia
Um rei mal coroado
Não queria
O amor em seu reinado
Pois sabia
Não ia ser amado
Amor não chora
Eu volto um dia
O rei velho e cansado
Já morria
Perdido em seu reinado
Sem maria
Quando me despedia
No meu canto lhe dizia

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Bruxas de Òz

Ah Theodora... Quando te vi pela primeira vez acreditei na bondade dos seus olhos e na leveza ingênua do seu sorriso e me deixei levar...
Apaixonamo-nos perdidamente mas Evanora percebeu e enciumada a envenenou e tornou seu coração gelado, frio e cheio de amargura... Seu sorriso não brilha mais e seu olhar só possui tristeza e rancor...
Ah Evanora... Por que fizeste isto com Theodora se sua já não mais poderia ser? Se nesse coração já não cabe mais ninguém? Não percebestes o mal que fizestes? Não percebestes que ao arrancá-la de mim perdeu-a para sempre também?
Já não há mais anjo no altar que agora está vazio... O anjo se foi no seu feitiço de ciúmes Evanora.
Hoje pude ler seu último feitiço contra mim Theodora. Justo contra mim que só queria sua amizade, que sempre quis seu bem, que apenas tentei rever a bondade no seu olhar. Você não sabia, mas o altar a minha frente já se encontra mais vazio. Do teu cheiro havia apenas a lenta lembrança do que fomos um dia, minha linda Theodora.
Despeço-me sem tristeza no meu coração, hoje ocupado por outra história.
Desejo-te luz,
Glinda

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Eu e os Beattles

Aqui me encontro novamete, mãos na cabeça, sem saber o que fazer.
Olho para o meu passado e ele me diz que eu errei mais do que acertei, procurei o amor em lugares errados e sinto uma imensa vontade de me enfiar num lugar escuro e ficar quietinha ali até tudo passar.
Eu sempre sozinha no final da história, ou porque afastei por medo ou porque percebi que não era muito amada, pelo menos não da forma que eu queria. Apenas em uma única história eu fui "afastada" por ter sido considerada insuficiente e insignificante. Tantas histórias lindas que ficaram sem acontecer... E eu esperando que um dia eu as esqueça... Um dia passa...
O problema é que não passa. Tem um monte de vida acontecendo na minha vida e a minha Vida está indo embora porque a gente não consegue se entender.
E a musiquinha dos Beatlles fica na minha cabeça:

You've Got To Hide Your Love Away

Here I stand head in hand
Turn my face to the wall
If she's gone I can't go on
Feelin' two-foot small

Everywhere people stare
Each and every day
I can see them laugh at me
And I hear them say

Hey, you've got to hide your love away
Hey, you've got to hide your love away

How could I even try
I can never win
Hearing them, seeing them
In the state I'm in

How could she say to me
Love will find a way
Gather round all you clowns
Let me hear you say

Hey, you've got to hide your love away
Hey, you've got to hide your love away

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Dentro da concha

Porque tem horas em que é preciso esvaziar uma imensidão de sentimentos, se recolher dentro da concha e entender tudo* o que está acontecendo. 
Pra essas horas eu recorro a um samba, um samba que tem uma história triste (e que eu não conheci) mas que faz parte da minha história. Um samba capaz de transformar uma convulsão de sentimentos em lágrimas. Um samba que me ajuda a organizar as coisas dentro da minha cabeça pra poder seguir em frente. Um samba que me abraça e me diz que tudo vai ficar bem...

http://files.eflog.net/fotos/img323354_odealoucura.jpg



É preciso crer
(Samba de Rainha)

Se é frieza
Se é fraqueza
Ora você não me pergunte
Se é tristeza
Se será dor de amor
Se alegria se foi
Acaso a beleza secou
Cadê o olhar a brilhar?

É que a vida anda corrida
Horas a fio a pensar
Em tudo que deixo lá fora
Promessas para se saldar
E mais a cobrança da boa batida
Tanta coisa pra se girar
Sempre um ponto de partida
Onde é que isso vai dar?

Se a vida é uma criança
Às vezes esqueço de ver
Mas retorno
Prometo
O meu coração ainda canta
Pela alegria de viver
Às vezes esqueço de ver, às vezes esqueço de ver

É preciso crer ô, é preciso crer ô...
É preciso crer, é preciso crer

*"Coisas minhas, talvez você nem queira ouvir"

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Colo silencioso

Sabe... 
Eu queria te contar tantas coisas.... 
É tanta coisa boa, tanta notícia, tanta novidade...
Mas o que eu mais queria mesmo era poder realizar meu sonho mais novo. Um sonho que ando sonhando acordada. Eu gostaria de, uma vez por semana ficar uma hora nos seus braços. Quieta. Sem conversar. Só sentindo o cheiro do seu perfume, sentindo seu calor..... 
Nos dias difíceis fico pensando em que tipo de conselho você me daria, o que você pensaria sobre as minhas atitudes... Você sempre me dá forças pra seguir, mesmo assim, com esse imenso espaço vazio entre nós. Semana passada foi uma semana difícil, igual aquela semana de outubro. Precisei do seu colo e você, de uma maneira inusitada, esteve ao meu lado e me fortaleceu. E foi o suficiente para me manter em pé no vendaval que se seguiu. Eu preferia seu colo silencioso, mas foi suficiente. Não foi bom, mas foi suficientemente bom. 
Então eu me dei conta de que sou boba... Como diz aquela musiquinha: "Que boba que eu sou/ Fico imaginando que eu sou sua"
Preciso me acostumar a essa nova configuração das nossas vidas, com essa sua presença etérea, de te ver e não poder te tocar. Ter seu colo silencioso sem ter sua presença ao meu lado.
Sabe, é que eu sinto saudades...

domingo, 4 de setembro de 2016

Seu espelho quebrou

Seu espelho quebrou
e nem nota que me acusa
de ser igual a você
Percebo que não se vê
na figura que hoje sou
pois entendas que hoje passo
na mesma rua que um dia
você muito já passou
Não abusa!
É meu caminho!
Deixa eu passar
vou bem devagarinho
pra, quem sabe, um dia
poder cruzar
de novo com seus carinhos.
Deixa eu encontrar no meu peito
um forma, jeito
de essa dor curar
pra ela não mais voltar.






sexta-feira, 26 de agosto de 2016

The long and widing road

Sabe aquela longa e sinuosa estrada? Então... Estou passando por ela alguns dias. Sensação estranha passar por lá... Traz lembranças boas e ruins...
The wild and windy night
That the rain washed away
Has left a pool of tears
Crying for the day
Why leave me standing here
Let me know the way
Foi como na música da Verônica Sabino: um sopro, uma ventania que te trouxe e te levou e me marcou demais....
Bem que eu podia
Tentar te encontrar
Mas um vento forte
Que me afastou, te levou
Te escondeu
Longe demais

Fico na espera do inesperado, querendo ser o que nunca fui, pensando em mudar meus planos se você disser que ainda quer. Mas não sou boa em matemátíca... Não sei regra de três, não sei dividir...
Também não sei onde errei... Às vezes acho que errei ao ter deixado começar, outras acho que erro ao não deixar terminar. Mas até o GPS me sacaneia e te envia o meu caminho... E nem tenho você nos meus amigos de redes sociais...
Te sigo só pra saber se está bem.
Quero teu bem...
Sinto falta das nossas conversas, da sua calma e jeito de lidar comigo.
Abstinente, só por hoje, não vou te ver, só por hoje...


segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Futuros Amantes- Chico Buarque

Não se afobe, não
Que nada é pra já
O amor não tem pressa
Ele pode esperar em silêncio
Num fundo de armário
Na posta-restante
Milênios, milênios no ar

E quem sabe, então
O Rio será
Alguma cidade submersa
Os escafandristas virão
Explorar sua casa
Seu quarto, suas coisas
Sua alma, desvãos

Sábios em vão
Tentarão decifrar
O eco de antigas palavras
Fragmentos de cartas, poemas
Mentiras, retratos
Vestígios de estranha civilização

Não se afobe, não
Que nada é pra já
Amores serão sempre amáveis
Futuros amantes, quiçá
Se amarão sem saber
Com o amor que eu um dia
Deixei pra você

sábado, 20 de agosto de 2016

Gonzaguinha

O que dizer quando uma música fala de você?
Acho que essa é a graça e beleza da música: a capacidade de falar por você quando você não pode ou não acha palavras...
É fantástico ouvir alguém desvendando tudo o que você sente e que não entende muito bem. Alguém que nem te conhece já sentiu isso tudo o que você está sentindo e esse sentimento de solidariedade e irmandade une você a um desconhecido.
"Grito de Alerta" é uma música que conta uma parte da minha vida e que hoje tá meio difícil de "descer", nem com gim ta indo....
"Há um lado carente dizendo que sim
E essa vida da gente gritando que não"

domingo, 14 de agosto de 2016

Impedimentos

Achei que ia morrer quando fui preterida... Cheguei a sentir o imenso vazio que a sua saída causou dentro de mim, me diminuindo e me partindo em vários pedaços. Por cerca de um mês eu sobrevivi aos dias, apenas acordando e cumprindo as tarefas. A minha dor era visível, quase palpável de tão intensa.

Passado um mês decidi que sobreviver não era bom e fui procurar alguém, um colo, um sorriso novo. Talvez devesse ter dado um tempo maior mas não achava que iria encontrar alguém tão rápido e tão cedo. Achei que seriam meses de farra e diversão... Me enganei. Talvez por ter me encontrado com você no meio do trânsito e ver o quanto eu ainda te amava e o quanto tudo aquilo ainda doía imensamente eu acabei antecipando um encontro para aquele mesmo dia. Era para ser apenas um encontro mas foi mais parecido com um reencontro. A conversa fluiu, os olhares durante todo o jantar, as mãos dadas ao levantar da mesa e o beijo no meio da avenida foram o começo de um novo tempo, mais leve e mais calmo.

Ainda sinto sua falta e ouso dizer que o que eu sentia por você ainda não mudou. Tenho medo de te encontrar e ao mesmo tempo tenho uma saudade que me maltrata a alma. Sigo teus passo por onde posso, tento te dizer como estou. Às vezes invado seu espaço, te ponho em risco e corro riscos. E por isso acho melhor voltar ao começo e fazer como te sugeri da primeira vez: te amar assim de longe, platonicamente, como quem admira um anjo num altar.
"Mas um dia quem sabe eu volte
Porque parte de mim morre nesse adeus
Porque não sei se consigo viver sem os carinhos teus."
Mas por hora estamos em impedimento, nossas histórias fazem parte de outras histórias e por mais que a gente nunca tenha deixado de se falar como havíamos prometido antes, mandando um sinal de vida da forma que encontramos, você preferiu seguir sua história inicial e eu fiquei na vida que sobrou da minha vida.
Não consigo te apagar, nem sei se quero. 
Não sei nem como terminar essa carta...
Só sei que nada mudou e nesse nada você me preteriu...
Medo do que será é melhor do que a certeza de que nada mudará.
Mas eu não sei...

quarta-feira, 27 de julho de 2016

Confusão

Nesses dias solitários, em que páginas de internet te trazem novos amigos, novos amores e abre a janela para o mundo por meio de fotos e filmagens a gente acaba se confundindo. Indiretas e lavagem de roupa suja públicas parecem ter virado moda nas vitrines que chamamos de redes sociais. A linguagem escrita ganha força e paradoxalmente nunca se viu tanto erro de português...
Não gosto disso, de nenhum desses antagonismos, mas já gostei muito e até já usei. Não gosto mais... Gostava só das indiretas de amor. Mas nas últimas semanas me enganei feio... Nunca prestei atenção nas indiretas ofensivas. Quer brigar comigo que seja de forma direta e pessoalmente, assim tenho a chance de me defender, esclarecer os fatos, conversar  e tudo isso de forma privada, sem tornar minha vida e nossos erros numa novela de quinta categoria. Quer brigar com quem quer que seja brigue ao vivo, evite inferências, mais prático e efetivo, além de esclarecedor. Porém algumas palavras de afeto sempre chamaram minha atenção porque, provavelmente, os interlocutores não pudessem se declarar abertamente. Achava isso romântico. Que boba! Enganei-me redondamente.
Fonte da imagem: http://images.digopaul.com/wp-content/uploads/related_images/2015/09/09/interlocutor_3.jpg
Contarei o que houve. Nas últimas semanas, eu de férias e sem vontade de fazer as tarefas atrasadas do curso de psicanálise, acompanhava uma história recheada de canções, declarações e juras de amor eterno e essas coisas todas. Adoro isso! Coloca música e eu sigo! Estava envolvidíssima, como se fosse comigo! Mas, como disse anteriormente, me enganei!
Ontem à noite veio uma postagem um tanto quanto agressiva de um dos interlocutores e fui investigar. Gente! A outra parte da suposta conversa tinha entrado em contato porque a Paula Mattos cantou o seguinte refrão "Diz aí, o que é que a gente vai fazer?" e a pessoa teve a brilhante idéia de "fazer"... Tomou uma que ainda deve estar doendo... Doeu até em mim... As canções não eram indiretas de amor, não foram postadas para essa pessoa e quando ela resolveu fazer algo ouviu um "some daqui" sonoro... Nada fácil essa história de indiretas.... 
Por conta dessa história que resolvi não gostar mais, estou pensando em retornar ao método tradicional das cartas escritas a mão... Já faço uso das conversas diretas e francas na mesa de um bar ou em volta da mesa da casa de alguém! Chega desse blá blá blá desnecessário! Desativei a conta pessoal de uma dessas redes sociais, a última rede social que eu usava. Agora tenho só perfis profissionais, onde posto o superficial e coisinhas interessantes ou engraçadas. 
Bom mesmo é a coisa direta, seja no amor ou na dor, no ódio ou na alegria! Tá longe, manda pelos aplicativos de mensagem, esses que os juízes gostam de bloquear (rsrsrs). Encha o peito de coragem e vai lá! Mete bronca! Dê seu recado! E se puder ser acompanhado de rosas melhor ainda, porque Ana Carolina já avisou "Toda mulher gosta de rosas!"
Saudosista e medrosa, sim. Mas feliz!

segunda-feira, 25 de julho de 2016

Dois conceitos: um da matemática e outro da psicanálise

Conceito número 1:
Todo número pode ser dividido infinitas vezes, é um conceito matemático! Assim sendo, se eu pegar um ano posso dividí-lo em meses, meses em dias, dias em horas, horas em minutos e esses posso dividir em segundos e os segundos podem ser dividos em pequenas frações. 
Conceito número 2:
Todas as experiências que vivenciamos formam uma espécie de lente pela qual visualizamos o mundo chamadas na psicanálise de fantasia. A fantasia é a elaboração imaginativa das funções corporais, é o que imaginamos que somos feitos, de que somos capazes. Uma fantasia muito comum é a de ser tão boa a ponto de merecer nosso primeiro objeto de amor (mamãe ou papai) agora, na vida adulta, projetados em outra pessoa, nosso ser amado.

Resumindo:
Dentro de um pequeno infinito, no intervalo de tempo em que dividimos nossas vidas com outra pessoa, amamos e somos amados. Somos felizes, temos momentos de alegria e de tristeza, achamos que  podemos nos sentir completos, sendo normais, sendo nós mesmos descobrimos que a busca pela plenitude chama-se viver e que ninguém completa ninguém, somos todos incompletos procurando o que nos falta.
E esse é o melhor presente que alguém pode dar a outra pessoa: deixá-la ser quem ela é, incompleta e em constante crescimento!


quinta-feira, 21 de julho de 2016

Simplesmente- Pedro Mariano

Simplesmente posso esperar
Aqui por você
Uma eternidade, uma tarde inteira
Simplesmente posso encontrar
Qualquer distração
Ruas da cidade, restos de uma feira

Eu tomo um atalho lá, só pra te perder
Enquanto olho os aviões
Nada tremeu no ar, não vi nenhum sinal
Simplesmente posso esperar

Simplesmente posso esquecer
Da guerra ou da paz
Uma eternidade, uma tarde inteira
Calmamente posso contar
As nuvens do céu
Rostos na vidraça, flores dessa praça

Desço a Consolação só pra coincidir
Leio manchetes por aí
Nada tremeu no ar, não vi nenhum sinal
Mesmo assim posso esperar

Até deixar um recado na tarde
Uma simples saudade
Que você vai sentir
Quando sentar-se à mesa
Uma simples certeza
Que agora é você quem espera por mim
Fonte da imagem: http://www.imagensparafacebook.com.br/wp-content/uploads/2012/11/simplesmente-aconteceu.jpg

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Akai Ito

"'Akai Ito" é uma lenda que diz que quando a pessoa é destinada a outra, ambas têm um laço vermelho que as ligam, no dedo mindinho. O laço pode embaraçar, emaranhar, mas ele nunca quebra. O laço não é visível a olho nu, mas está lá desde o momento do nascimento. Quanto mais longo estiver o fio, mas longe as pessoas estão e mais tristes estarão. Sequer a Morte o rompe, apenas o alarga para se encontrarem em outra vida".
Fonte da figura: https://lh6.googleusercontent.com/-ZH34GQNu4uY/UfldSl-MI2I/AAAAAAAB6PY/V5PRdvJFPc0/w506-h750/Sem+t%C3%ADtulo+(1).png

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Te ver crescer

Eu sempre estarei lá
Mesmo quando teus olhos,
Ao olharem pra cima,
Não se encontrarem com os meus.
Eu sempre estarei lá
Te vendo crescer
Te olhando de cima,
Mesmo sendo tão menor que você.
E a cada conquista tua
Eu estarei festejando
Como se tivesse chegado a lua.
Te vendo crescer.
Mesmo distante
Eu sempre estarei lá
Pois meu coração
Já não anda no meu peito
Desde a primeira vez
Que teus lindos olhos
Olharam pros meus
Já cansados de tanto sofrer
A distância é necessária
Vai sem medo
Você precisa de espaço!
Espaço pra ser tudo o que puder ser!
E eu sempre estarei lá
Pra te aplaudir
Pra te ninar
Pra te amar!
Mesmo que você não possa me ver...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Cantando "Marisa" cazamiga (dez/14)

Você e essa saudade no meu peito

Engraçado como você, mesmo tão longe e inacessível, me chega de forma tão suave!
Esses dias estavam tocando uma música no metrô enquanto eu entrava e eu quase pude sentir sua mão no meu rosto, quase que vi seu sorriso novamente... Faz tanto tempo...
Uma borboleta que me considera uma árvore e pousa em mim, ignorando minha caminhada. Pousou na minha mão, como um dos seus beijos, suave...
Preciso te deixar ir, mas não consigo, o universo não deixa!
Eu não deixo...
Tanta coisa nova pra te contar, tanta coisa velha pra relembrar. Risos, abraços, lágrimas... Algumas coisas e algumas músicas perderam a cor, desbotaram a nossa espera. Mas não é mais possível voltar ao lugar onde nos despedimos pela última vez, você não está mais lá... Você se foi sem dizer adeus e me deixou aqui, com a vida que ficou em minha vida...
Preciso te deixar ir....
Mas eu não quero!
Não consigo...
Ainda não...
Foto: Anil Kumar/Flickr/Creative Commons