quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Me espera

-Alô!
-Onde você está?
-Trabalhando, ué! O que aconteceu?
-Que horas você sai?
-Daqui a meia hora. O que aconteceu? (ela pegunta novamente, mas muito aflita desta vez)
-Meia hora... (uma breve pausa) Dá tempo!!! Passo em casa, tomo um banho e chego aí em meia hora!!!
Ela sente todo seu corpo gelar e em seguida esquentar, como se saísse de um freezer para ficar em cima de uma fogueira. Suas pernas tremem... "Ele voltou antes" pensa.
-Alô? Má? Ce tá aí? Alôuuuu!
-Oi... É... Tá! Tá! Te espero no estacionamento principal?
-Perfeito! Tô morrendo de saudade!!! Te amo! Tchau!
-Tchau!
Marcia sentiu que ia cair. Suas pernas tremiam! De repente sentiu uma vontade absurda de correr, gritar, pular! Então sua face se iluminou em um sorriso, como a muito tempo não fazia! Ele voltou! Parecia que esse dia nunca iria acontecer...
Nunca 30 minutos pareceram tantas horas! Mas eles passaram. Marcia pega sua bolsa e se dirige ao elevador. "Que demora!", ela pensa, "Se não fossem os 10 andares eu ia de escada...."
PLIM! O elevador chega. Ela aperta o 2S. Seu coração parece que vai sair pela boca!
Ela desce do elevador e avista a caminhonete vinho. Luciano desce, ele veste uma camisa azul clara que ela lhe deu antes da viagem, há 3 anos atrás! Ela acelera os passos, ele sorri. Então ela decide correr e pula nos braços dele!
-Ai que saudades desse sorindo lindo... (Luciano fala em seu ouvido enquanto a abraça forte) O mais lindo do Mundo.
Se alguém dissesse a ele que esta cena iria acontecer ele iria rir, gargalhar! Imagina! Ela correndo para ele? Nunca!
(continua)

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Aos mestres, com carinho!

Você sabe como surgiu o Dia do Professor?

O Dia do Professor é comemorado no dia 15 de outubro. Mas poucos sabem como e quando surgiu este costume no Brasil.
No dia 15 de outubro de 1827 (dia consagrado à educadora Santa Tereza D’Ávila), D. Pedro I baixou um Decreto Imperial que criou o Ensino Elementar no Brasil. Pelo decreto, “todas as cidades, vilas e lugarejos tivessem suas escolas de primeiras letras”. Esse decreto falava de bastante coisa: descentralização do ensino, o salário dos professores, as matérias básicas que todos os alunos deveriam aprender e até como os professores deveriam ser contratados. A idéia, inovadora e revolucionária, teria sido ótima - caso tivesse sido cumprida.
Mas foi somente em 1947, 120 anos após o referido decreto, que ocorreu a primeira comemoração de um dia dedicado ao Professor.
Começou em São Paulo, em uma pequena escola no número 1520 da Rua Augusta, onde existia o Ginásio Caetano de Campos, conhecido como “Caetaninho”. O longo período letivo do segundo semestre ia de 01 de junho a 15 de dezembro, com apenas 10 dias de férias em todo este período. Quatro professores tiveram a idéia de organizar um dia de parada para se evitar a estafa – e também de congraçamento e análise de rumos para o restante do ano.
O professor Salomão Becker sugeriu que o encontro se desse no dia de 15 de outubro, data em que, na sua cidade natal, professores e alunos traziam doces de casa para uma pequena confraternização. Com os professores Alfredo Gomes, Antônio Pereira e Claudino Busko, a idéia estava lançada, para depois crescer e implantar-se por todo o Brasil.
A celebração, que se mostrou um sucesso, espalhou-se pela cidade e pelo país nos anos seguintes, até ser oficializada nacionalmente como feriado escolar pelo Decreto Federal 52.682, de 14 de outubro de 1963. O Decreto definia a essência e razão do feriado: "Para comemorar condignamente o Dia do Professor, os estabelecimentos de ensino farão promover solenidades, em que se enalteça a função do mestre na sociedade moderna, fazendo participar os alunos e as famílias".

Fontes: Site www.diadoprofessor.com.brSite www.unigente.com

Retirado do site "Portal da Família" disponível em http://www.portaldafamilia.org.br/datas/professor/diaprof.shtml

Dias de sol e dias de chuva

Havia sempre uma coisa não falada, uma vontade de ficar junto e de saber como estavam. Mas esses dois nunca conseguiram se acertar... Não sei ao certo o motivo desses desencontros, mas sei que sempre se desencontraram! Talvez a insegurança, medo do incerto, só se sabe é que o próprio rumo da vida acabou afastando os dois.

Mas foram muitos dias de sol!!!
Eles se conheceram ainda meninos. Mal sabiam escrever. Mesmo assim ele escreveu uma cartinha apaixonada para ela, pedindo-a em namoro. Ela aceitou, mas como sempre na vida desses dois, não durou muito... Mas ela guardou a carta por quase uma década, até o dia em que um namorado ciumento encontrou a cartinha e o único modo de parar uma briga foi jogar no lixo a carta mais linda e sincera que ela já havia recebido. Nesse dia choveu...
As histórias deles parecem tiradas de um filme romantico. O primeiro beijo que deram, em um bailinho na casa da avó de um amigo em comum, foi aplaudido, todos que estavam dançando pararam para ver os dois se beijando.
Ele também já fez a cena do mocinho apaixonado que corre chamando sua amada em uma noite estrelada e quente de verão (só não me lembro se eles se beijaram quando se encontraram... O mais certo é que teria um beijo para "fechar" a cena!).
Continuaram sempre juntos, estudaram juntos por uns 6 ou 7 anos, na mesma sala. No começo da adolescência namoraram mais uma vez, e dessa vez teve muitos beijos, mas também acabou logo. Acho que ela tinha vergonha de assumir que amava um menino cujo apelido não era nada ortodoxo... Nunca entendi o motivo de tanto desencontro no meio de tanto romance!
Ele odiava inglês e ela adorava. Como os dois estudavam na mesma sala, era de se esperar que ela passasse cola para ele nos dias de prova. Mas um dia a professora resolveu separar os dois, cada um em um canto da sala, mas nada poderia detê-los!!! Ele pediu a borracha dela emprestada:
- Me empresta a borracha?
-Deixa de ser folgado e vem pegar!
Então ele levantou da sua carteira, com a prova na mão, e atravessou a sala de aula. Pegou a borracha e trocou de prova com ela! Pela primeira vez ela não foi a primeira aluna a entregar a prova, já que teve que fazer duas! Talvez a professora tenha visto mas preferiu não falar nada ou talvez nem percebeu a troca!
Outra vez, não me lembro o que era, mas estava tendo gincana na escola deles e ele montou uma banda e dublou uma música. Ele olhou para ela o tempo todo em que cantou. Ele vestia uma camisa preta e chapéu de cowboy, ela estava com o uniforme da escola. Coisa de cinema!!! A música? Ah.... A música tinha tudo a ver com a história deles:



"Você sempre fez os meus sonhos
Sempre soube do meu segredo
Isso já faz muito tempo
Eu nem me lembro quanto tempo faz
O meu coração não sabe contar os dias
A minha cabeça já está tão vazia
Mas a primeira vez
Ainda me lembro bem
Talvez eu seja no passado mais uma página
Que foi do seu diário arrancada
Sonho, choro e sinto
Que resta alguma esperança
Saudade, quero arrancar essa página
Da minha vida"
(Saudade, Christian e Ralf)

Mas a vida é cheia de dias de chuva também...
Ela o fez sofrer com sua insegurança e com muitos "nãos"... E depois de tanto amor desperdiçado, ela mudou de cidade. Eles mal se viram por muitos anos. Mas ela nunca esqueceu o dia do aniversário dele e acho que não houve um dia em que eu a ví em que ela não se lembrasse de pelo menos uma das muitas histórias que passaram juntos.
Depois de muitos anos sem se ver eles se reencontraram e uma amiga dela a advertiu:
-Ele não é mais o mesmo! Anda metido em coisa pesada! Não se engane!
Ganhou a aposta quem disse que ela nem ouviu a advertência da amiga e cedeu aos encantos do príncipe de camiseta branca e calça jeans! Mas desta vez durou apenas uma noite, pois as coisas não deram muito certo, a amiga tinha razão...
E a vida seguiu seu rumo, cada um a seu modo. Ele não insistiu e ela não o procurou mais. Ela casou, teve um filho, e vive sonhando com filmes de amor. Ele fugiu de casamento até o dia em que achou uma moça que domou o touro e laçou o cowboy. Então ele casou, porque casar é bom, e foi conhecer o mundo.
Talvez tenham se falado novamente, talvez não. Talvez nem se amem mais...
O que sei é que hoje, na minha vida chata de adulta, morro de saudades daqueles dois e do amor que sentiam um pelo outro. Sinto falta dos olhares, das risadas de quem não tem preocupações e dos dias de sol!
Já faz tempo que não a vejo. Simplesmente não sei mais deles mas espero que um dia eles se reencontrem, nem que seja só para rirem das histórias que eles tem para contar, pois histórias de amor devem sempre acabar com dias de sol!

FIM