sábado, 22 de setembro de 2007

Cap 3: O amor que eu tenho pra te dar

"hoje a noite não tem luar

e eu não sei como te encontrar

pra dizer como é o amor

que eu tenho pra te dar"

Quem diria! Uma canção antiga do Jessé que Dona Nininha cantarolava para Dorinha adormecer agora não sai da cabeça da nossa heroína!!! Lá fora a chuva ainda continua... Da janela do taxi Dorinha observa como a cidade fica mais triste quando chove, quase parecendo chorar. Chega no aeroporto e sai correndo para a operadora que possuia o primeiro vôo pra Floripa. (Ela já tinha ligado do taxi, enquanto ia para o aeroporto. Santo celular!!!!)
Tudo certo, embarca e logo voa para encontrar seu grande e desperdiçado amor!*
Do aeroporto direto para o Hospital CF. E já na porta da UTI seu primeiro obstáculo: uma enfermeira.
"Me desculpe mas se não é da família não pode entrar!"diz a enfermeira em tom de ordem militar.
"Mas eu vim de São Paulo!!!" retruca Dorinha tentando abrandar o coração da fera.
"Não pode! Não sou eu quem crio as regras!" diz a 'gerenal' enfermeira
"Mas pode muito bem reordená-las, abrir espaços e 'poréns', toda regra sem sentido deve ser quebrada!!!" protesta nossa heroína
"Ooo guria de coração duro.... deixe a menina entrar!" diz uma senhora de jaleco branco
"Mas... Dona Cida!"diz a enfermeira
"Não discuta guria! Parece que você nunca amou! Anda! Deixe a guria entrar!" Ordenou Dona Cida, Enfermeira Chefe da UTI.
Sem outra possibilidade a 'general enferemeira' deixa Dorinha entrar, e lhe orienta sobre os cuidados que deve tomar.
Mãos lavadas e de avental, Dorinha chega perto de Fábio:
"Oi Binho! Mas o que você foi me aprontar agora!!!"
Segurnado as mãos de Fábio, Dorinha começa a chorar baixinho.
"Meus Deus! Como ele está! Dessa vez foi muito sério!" pensa enquanto beija a mão do "seu Binho"
O rosto todo arranhado, uma faixa cobre seus cabelos, curativos de diversos tamanhos pelo corpo e uma infinidade de tubos inseridos em buracos naturais ou artificiais.
"Parece doer. (silêncio) Eu quero te contar tanta coisa mas nem sei por onde começo. Estou trabalhando em uma construtora, faço porjetos de casa, lojas, de quase tudo! O salário é bom mas trabalho quase todos os dias. (silêncio). Sinto falta das nossas tardes de domingo, lá na Barra da Lagoa, o som do mar, a cor do sol se pondo... Suas brincadeiras... Nossas risadas..."
Fabinho aperta a mão de Dorinha contra a sua. Dorinha vê uma lágrima correndo pela face de Binho.
"Não vim até aqui pra me despedir de você!!! Vim aqui te tirar do hospital!!! Anda Fábio! Reaja, lute, não desanime!!!" Ordena nossa heroína, quase sem forças, mas em tom de 'quase-ameaça'.



*Esqueçamos o caos aéreo, a Marta e o Renan!!! Isso aqui é só um romance e essas coisas acabam com o romance....

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