quarta-feira, 27 de julho de 2016

Confusão

Nesses dias solitários, em que páginas de internet te trazem novos amigos, novos amores e abre a janela para o mundo por meio de fotos e filmagens a gente acaba se confundindo. Indiretas e lavagem de roupa suja públicas parecem ter virado moda nas vitrines que chamamos de redes sociais. A linguagem escrita ganha força e paradoxalmente nunca se viu tanto erro de português...
Não gosto disso, de nenhum desses antagonismos, mas já gostei muito e até já usei. Não gosto mais... Gostava só das indiretas de amor. Mas nas últimas semanas me enganei feio... Nunca prestei atenção nas indiretas ofensivas. Quer brigar comigo que seja de forma direta e pessoalmente, assim tenho a chance de me defender, esclarecer os fatos, conversar  e tudo isso de forma privada, sem tornar minha vida e nossos erros numa novela de quinta categoria. Quer brigar com quem quer que seja brigue ao vivo, evite inferências, mais prático e efetivo, além de esclarecedor. Porém algumas palavras de afeto sempre chamaram minha atenção porque, provavelmente, os interlocutores não pudessem se declarar abertamente. Achava isso romântico. Que boba! Enganei-me redondamente.
Fonte da imagem: http://images.digopaul.com/wp-content/uploads/related_images/2015/09/09/interlocutor_3.jpg
Contarei o que houve. Nas últimas semanas, eu de férias e sem vontade de fazer as tarefas atrasadas do curso de psicanálise, acompanhava uma história recheada de canções, declarações e juras de amor eterno e essas coisas todas. Adoro isso! Coloca música e eu sigo! Estava envolvidíssima, como se fosse comigo! Mas, como disse anteriormente, me enganei!
Ontem à noite veio uma postagem um tanto quanto agressiva de um dos interlocutores e fui investigar. Gente! A outra parte da suposta conversa tinha entrado em contato porque a Paula Mattos cantou o seguinte refrão "Diz aí, o que é que a gente vai fazer?" e a pessoa teve a brilhante idéia de "fazer"... Tomou uma que ainda deve estar doendo... Doeu até em mim... As canções não eram indiretas de amor, não foram postadas para essa pessoa e quando ela resolveu fazer algo ouviu um "some daqui" sonoro... Nada fácil essa história de indiretas.... 
Por conta dessa história que resolvi não gostar mais, estou pensando em retornar ao método tradicional das cartas escritas a mão... Já faço uso das conversas diretas e francas na mesa de um bar ou em volta da mesa da casa de alguém! Chega desse blá blá blá desnecessário! Desativei a conta pessoal de uma dessas redes sociais, a última rede social que eu usava. Agora tenho só perfis profissionais, onde posto o superficial e coisinhas interessantes ou engraçadas. 
Bom mesmo é a coisa direta, seja no amor ou na dor, no ódio ou na alegria! Tá longe, manda pelos aplicativos de mensagem, esses que os juízes gostam de bloquear (rsrsrs). Encha o peito de coragem e vai lá! Mete bronca! Dê seu recado! E se puder ser acompanhado de rosas melhor ainda, porque Ana Carolina já avisou "Toda mulher gosta de rosas!"
Saudosista e medrosa, sim. Mas feliz!

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